sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O sistema capitalista é irrecuperável!



Assistimos durante os últimos meses à tentativa de vários governos de superar a recente crise capitalista. Nesse movimento foi notória a injeção de dinheiro público em empresas economicamente comprometidas e em bancos quebrados.
Dessa maneira os governos operaram, basicamente, em duas frentes, de um lado socorreram bancos para cobrir o capital derretido, praticamente comprando-os, e, de outro, concederam empréstimos, subsídios, isenções e reduções de impostos para que empresas investissem na produção.
Essa intervenção foi de tal monta que alguns remeteram-na a Keynes, e outros, precocemente, decretaram o recuo do gerenciamento neoliberal.
Mas no mundo das conveniências e às avessas, as idéias estão sempre fora do lugar: ao keynesianismo clássico que pretendia corrigir as irregularidades do mercado, os desvios e incorreções do sistema, e, assim, atenuar as injustiças do sistema, entendidas, como efeito indesejado e colateral do capitalismo, os ajustes anticrise sobrepuseram um novo e esquizofrênico neokeynesianismo, a saber: o Estado interveio para salvar o capital de si mesmo. Além disso, esses ajustes fortaleceram o deslocamento do discurso neoliberal de seu leque econômico para todos aspectos da vida contemporânea, instalando, assim, paradoxalmente, um liberalismo social no qual, cada um de nós, trabalhadores, se vira como pode.
Importante salientar o óbvio que ao lado de custos vultosos que imprimiram um forte déficit, os governos impuseram e enrijeceram suas políticas fiscais cortando verbas para educação, saúde, moradia, saneamento e jogando milhões nos corredores de nossas ruínas hospitalares.
Abrir os cofres públicos a empresas e a bancos e reduzir o orçamento das políticas públicas ratificam tanto o capitalismo sem risco (que os neoliberais advogam para si e esconjuram para os outros), como a socialização dos prejuízos. Mas no entanto não garantem, sequer apontam para a superação da crise: os bancos não investiram em nada, claro, e as empresas, receando um recrudescimento do consumo, não produziram e investiram em ações aproveitando as baixas da bolsa e do dólar. Resultado: a bolsa teve alta e a economia real não reconheceu mudança positiva.
Excetuando a alta da bolsa (pelo menos até a crise dos PIGIS), esse era o único índice com o qual os governos tentavam demonstrar a melhora econômica e, logo, a superação da crise, não se fala do índice de desemprego, que não recuou às taxas antes da crise, não se destacam os PIBs de vários países que estacionaram ou mesmo decresceram.
Portanto atuação dos governos apenas adia a crise realimentando o ciclo que a gera, pois o dinheiro foi aplicado no mercado financeiro, criando e aumentado, de novo, a bolha.
Nesse momento é fundamental estudarmos detidamente a crise e o instrumental utilizado pelos governos para assim combatê-los, pois nos é necessário demonstrar à nossa classe que os mecanismos clássicos arregimentados para a superação apresentam evidentes limites, expõem armadilhas incontornáveis para o sistema capitalista e trazem em si o germe de sua morte. É mais uma oportunidade de demonstrarmos que o sistema é irrecuperável pois está encapsulado em sua singular lógica que o condena.

APARECIDO JOSÉ ALVES

Licenciado em letras, militante do PSOL e da TLS

PSOL NA LUTA COM OS TRABALHADORES PARA CONSTRUIR O SOCIALISMO - PLÍNIO PRESIDENTE!

Contribuição para a Plenária Eleitoral Nacional do PSOL – Abril de 2010

I - CONJUNTURA

1. A doutrina neoliberal assumida pelo Estado Capitalista, diante da hecatombe representada pela crise mundial, usou como estratégia a salvação do mercado pelo Estado, desviando verbas públicas para salvar os bancos e os grandes conglomerados empresariais. A adoção de medidas protecionistas pelos principais governos do mundo capitalista mostrou o cinismo ideológico contido no discurso da livre iniciativa e do livre comércio por parte dos governos e pensadores neoliberais.
2. Nesse contexto, ocorre o recrudescimento da intervenção militar no Afeganistão, pelos Estados Unidos sob o comando de Barack Obama, o qual dá continuidade ao genocídio no Iraque. Na América Latina Obama forma um consórcio com o governo do direitista Álvaro Uribe na Colômbia, usando a combinação guerra e economia como forma de manter a hegemonia do imperialismo norteamericano, enquanto na política interna vê aumentar o desemprego, como reflexo da manutenção da crise do sistema capitalista. A hegemonia capitalista do império ianque está ameaçada pelo gigantesco crescimento chinês que no ano passado no auge da crise cresceu cerca de 8,5%. Os principais agiotas internacionais diversificam sua atuação em vários países chamados de periféricos para manterem seus lucros às custas da super exploração e do aumento da miséria em escala global.
a) NO MUNDO INTEIRO OS OPRIMIDOS REAGEM AOS ATAQUES DO NEOLIBERALISMO

3. No Oriente Médio, a agressão imperialista com a criação do Estado de Israel só piorou nesses 60 anos de existência (“a criação de Israel é um ato de ocupação e como tal terá de enfrentar para sempre a resistência dos ocupados” - Sousa Santos). Esse Estado terrorista quer levar à extinção o povo palestino. A política de confinamento dos palestinos através do gigantesco muro é uma nova face no processo de ocupação do território, pelo invasor, agressor e terrorista Estado de Israel. O qual lançou mão de todos os métodos de extermínio nazistas, ao atacar indiscriminadamente a população civil. Defendemos a imediata desocupação da Palestina, a instituição de um Estado Palestino laico e a volta de todos os refugiados aos seus lares. Que Israel seja julgado por ter cometido crime contra a humanidade, em virtude de todos os massacres cometidos em toda Palestina.
4. O longo histórico de espoliação do continente africano pelos estados europeus, no período da colonização (século XIX) e da recolonização (século XX), ainda é observada no continente. Milhares de mortes nas guerras civis, Quênia na década de 1970, Ruanda nos anos noventa e Sudão-Darfur mais recentemente, revelam dois traços marcantes: primeiro o papel da ONU e de suas forças militares, capitaneadas pelos EUA, sem nenhuma preocupação com a defesa das populações civis vitimadas nos conflitos étnicos armados pelo imperialismo para continuar favorecendo a indústria de armas; segundo, a contínua exploração dos recursos naturais do continente promovida por empresas e governos (China e Rússia, por exemplo), estranhos à África, são mascarados numa campanha midiática de deturpação da realidade das nações africanas.
5. Evidentemente que a luta nesse local geográfico não é apenas de autodeterminação dos povos, mas é necessário evoluir rumo a uma nova sociedade de caráter anticapitalista, rumo a uma sociedade socialista. Nesse contexto, outros países se opõem ao eixo de dominação imperialista também têm um papel de resistência, mas por si só não conseguem mudanças estratégicas do ponto de vista da luta de classes.



b) A RESISTÊNCIA NA AMÉRICA LATINA
6. É fato que não temos uma revolução em curso na América Latina (mesmo considerando somente o Equador, a Bolívia e a Venezuela). Também é verdade que Chaves não é o grande timoneiro do processo revolucionário latino americano. Da mesma forma que é inegável que os governos da Venezuela, Bolívia, Equador e Paraguai, apresentam avanços progressivos e têm tido posturas antiimperialistas – inclusive em relação ao governo Lula, subserviente aos interesses imperialistas norte americano.
7. Neste cenário, a adoção de medidas anti-neoliberais pelos governos desses países, se não representam uma alternativa de ruptura com o capitalismo global, tem o caráter positivo de fazer o enfrentamento ideológico denunciando o belicismo imperialista e a rapinagem contra os oprimidos do mundo. Ao mesmo tempo, impõem importantes derrotas aos partidos da direita destes países (entreguistas e alinhados com os interesses do imperialismo) contra os seus respectivos povos. É um fator positivo o apoio dado pela grande maioria da população destes países à construção dos respectivos projetos, bem como, propostas como a ALBA – Alternativa Bolivariana para as Américas e a criação do Banco do Sul, integram um conjunto de iniciativas que visam estabelecer o confronto com os velhos mecanismos criados sob a tutela dos Estados Unidos como o BID e a OEA.
BANDEIRAS DE LUTA
· Em Defesa da Autodeterminação dos povos.
· Todo apoio à luta do Povo Palestino; Em defesa de um Estado Palestino, laico, democrático e socialista;
· Fora Israel dos territórios palestinos;
· Fim do embargo econômico a Cuba
· Fora às tropas brasileiras do Haiti;
· Fora EUA do Iraque e do Afeganistão;
· Fora o imperialismo do continente africano;

c) GOVERNO LULA: CORRUPÇÃO E MUITOS BILHÕES DE REAIS PARA OS BANQUEIROS
8. O governo Lula destinou 160 bilhões de reais de recursos públicos, para socorrer os banqueiros. Para as montadoras de veículos destinou mais de 4 bilhões de reais. Política também seguida por Serra em São Paulo, que deu 4 bilhões de reais para as fábricas de automóveis. Recursos públicos têm sido utilizados pelas empresas para demitir trabalhadores. Na educação só nos últimos cinco anos o governo desviou R$ 32,9 bilhões de reais, o que equivale a um ano do orçamento do Ministério da Educação, desviados para pagamento dos juros e encargos da dívida pública.
9. No campo aumenta a concentração fundiária, enquanto milhões de famílias continuam sem ter direito a um pedaço de terra de onde possam tirar o seu sustento. A reforma agrária ficou apenas na promessa ao mesmo tempo em que Lula chama os usineiros de “companheiros” e não toma medidas contra a devastação da Amazônia por parte do agronegócio.
10 – Na política externa, mantém as tropas brasileiras no Haiti, gastando milhões de reais, que poderiam ser aplicados na doação de alimentos e remédios para atenuar os efeitos da catástrofe provocada pelo maior desastre natural da história provocado pelo terremoto do início desse ano.
11. A criminalização dos movimentos sociais: Sem terra, Sem teto, trabalhadores em greve e demais manifestações sociais, tem evidenciado que a direita reacionária continua mais viva do que nunca e que parte dela já escolheu como porta voz o projeto tucano/demos, representado por Serra e Aécio Neves para as próximas eleições. A outra parte encastelada no governo Lula está construindo uma alternativa personificada por Dilma Roussef a “mãe do PAC”. Setores do governo como PSB, PDT e PC do B, tentam articular outra via encabeçada por Ciro Gomes, mesmo sabendo que este é um caminho quase improvável. Buscam condições para poder melhor barganhar melhores posições no pretenso próximo governo.
b) COMBATER O NEOLIBERALISMO DESMASCARAR O PROJETO DA VELHA DIREITA
12. A gestão tucana nos principais estados: São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul; é marcada pelo aprofundamento das políticas neoliberais. Privatizações, fisiologismo, corrupção e aprofundamento dos ataques contra a classe trabalhadora; tem sido a marca das políticas do antigo projeto da outra parte da direita tradicional, encabeçada pelo tucano Serra e disputado também pelo tucanato mineiro na figura do governador Aécio Neves. Em São Paulo, a política de ataques contra o magistério já provocou 26.525 demissões, entre julho de 2008 e fevereiro de 2009; superlotação de salas falta de materiais pedagógicos básicos e imposição de currículo e metodologias neoliberais e arrocho salarial. São mais de dez anos sem recomposição das perdas. Política aplicada com grande capacidade também em Minas.
13. No campo, os vários conflitos de terras nas diversas regiões do Estado, principalmente no Pontal do Paranapanema, mostra a enorme concentração agrária de São Paulo e a necessidade de uma reforma agrária urgente, enfrentando e derrotando o latifúndio na figura dos ruralistas das diversas regiões. Nesse cenário, crescem os casos de trabalho escravo e semi-escravo, nos grandes latifúndios monocultores da cana de açúcar, produtores de álcool combustível, onde todos os anos dezenas de bóias frias perdem a vida, vítimas da super exploração do trabalho e da total falta de condições habitacionais e trabalhistas. Situação em que o governo tucano faz vistas grossas.
14. Nos centros urbanos a falta de moradias e a violência expressam a tragédia em que se constituiu a política estatal dos diversos governos nas últimas décadas, onde a juventude não tem perspectivas de emprego, sendo alvo do assédio do crime organizado. Somente a ruptura com este modelo de sociedade será possível superar essa situação em que nos encontramos.
15. Essa tragédia vem sendo agravada com a rigorosidade climática, provocada pelo aumento do aquecimento global, evidenciado este ano no hemisfério sul pelas mais elevadas temperaturas da história, o que provoca desequilíbrios de diversas ordens, sendo a mais visível na forma das precipitações torrenciais que provocam alagamentos das várzeas e desabamento de encostas, principalmente no Sudeste e Sul do Brasil. Processo agravado pelo descaso das políticas públicas, que não tendo uma política de habitação, permitiram a ocupação indiscriminada até do leito externo dos rios e riachos e das áreas de risco das encostas dos morros e montanhas. Um crime cometido contra milhões de pessoas nestas regiões.
II – EIXOS DO PROGRAMA DO PSOL 2010
16. Nosso programa deve combater os desvios e o atrelamento à ordem capitalista, desenvolvendo o acúmulo de forças como tática de fortalecimento, através de uma sólida organização partidária, convicção ideológica, combate à economia de mercado, enraizamento social e ocupação dos espaços políticos, com vistas à construção do socialismo.
17. Este programa deve ser a expressão das reivindicações dos trabalhadores, partindo das demandas imediatas como emprego, salário, terra, moradia, saúde, educação, entre outros, galvanizadores da pressão coletiva, a partir da unidade dos oprimidos, conscientizando-os que para superar estas mazelas capitalistas só é possível numa outra organização econômica, social e política. É fundamental esclarecer que as lutas imediatas estão sintonizadas com a luta mais geral e histórica pela sociedade socialista.
18. Nesse sentido, a defesa das nossas bandeiras históricas é um ato de extrema necessidade para contribuir com o avanço da consciência das massas, para mostrar que o nosso partido não oculta o que defendemos em qualquer espaço político, principalmente no campo eleitoral burguês, onde os vícios e o poder econômico determinam à dinâmica e os resultados. Nesse sentido, nosso partido deve combater a atual situação eleitoral onde o processo se converteu num verdadeiro balcão de negócios, prática que envolve a imensa maioria dos parlamentares. O financiamento privado das campanhas eleitorais se converteu num imenso ralo onde o dinheiro público é distribuído para as empresas, que por sua vez desviam recursos para financiar os políticos e os partidos num círculo vicioso sem fim. Nessa perspectiva, defendemos o financiamento público de campanha e a punição dos desvios com a perda dos mandatos e a inelegibilidade
19. Um dos principais problemas enfrentados atualmente na sociedade é a falta de perspectiva da juventude que se não tem oportunidades para continuar estudando nos níveis mais elevados de ensino e nem tem perspectiva de emprego, quadro agravado pelos efeitos da crise econômica e política, onde os políticos ligados aos partidos vinculados à ordem capitalista estão mergulhados no mar da corrupção. O neoliberalismo ao difundir o individualismo e o egoísmo, tem contribuído com essa situação.
20. A saída é a organização da juventude nos espaços coletivos: entidades de caráter classista locais, municipais, estaduais e nacional. Desta forma constituem-se novos valores e culturas de organização coletiva de luta pela transformação da sociedade e pela construção do socialismo
Abaixo o projeto neoliberal e seus representantes em todas as esferas de poder;
Não pagamento da dívida interna e externa;
Por reforma agrária e urbana, sob controle dos trabalhadores;
Contra o sucateamento dos serviços públicos;
Pela Reestatização da Vale do Rio Doce, EMBRAER e das empresas de energia;
Contra a privatização da exploração, refino e distribuição da produção petrolífera;
Estatização total da exploração dos recursos petrolíferos do pré-sal;
Pela estatização dos bancos e do sistema financeiro;
Contra as reformas: trabalhista, sindical, previdenciária e universitária;
Contra a devastação ambiental em todos os biomas: cerrado, caatinga, mata atlântica e principalmente na floresta amazônica;
· Em defesa da elevação dos gastos em Educação para 15% do PIB;
· Contra a Reforma Universitária Neoliberal do Governo Lula.
· Por um governo dos trabalhadores e em defesa do socialismo;
III - ESTRATÉGIA PARA AS ELEIÇÕES DE 2010
21. Nosso partido tem a única candidatura de esquerda com condições de furar o bloqueio imposto pela indústria cultural burguesa aos projetos socialistas de superação do sistema capitalista. Mesmo com todo boicote e com a superexposição dos postulantes do campo neoliberal: Dilma Rousseff e José Serra, nosso partido tem condições de apresentar uma candidato que personifique nosso programa e represente os princípios do gigantesco contingente de socialistas e revolucionários no debate político com a sociedade.
22. Essa posição se deve ao fato do nosso partido ter uma diferença marcante em relação aos partidos burgueses: uma história marcada pela coerência em relação aos princípios éticos e de defesa dos interesses da classe trabalhadora, qualidades reconhecidas por aqueles que não se curvam diante dos poderosos.
23. Outro aspecto que contribui para a aceitação do PSOL é o fato do partido estar diretamente ligado as lutas da classe trabalhadora, nas mobilizações dos sem terra, sem teto, sindicais entre outras, se constituindo num partido que não tutela os movimentos mais é parte integrante dos mesmos através da nossa militância, dos nossos dirigentes e dos nossos parlamentares. Nessas lutas caminhamos juntos com as organizações da classe trabalhadora, o que demonstra a necessidade de reeditarmos uma política de alianças que tenha como marco de negociação o nosso programa e que inclua os partidos que compuseram a Frente de Esquerda em 2006 (PSTU e PCB), dialogando com os movimentos organizados pelos trabalhadores no campo sindical, popular, estudantil e demais movimentos sociais, nos marcos dos princípios históricos da classe trabalhadora.
24. Nesse contexto o partido decide pelo lançamento de candidaturas majoritárias e proporcionais nas próximas eleições de 2010, em nível nacional e no âmbito dos estados, podendo abrir exceções para os outros partidos da Frente, apenas em Estados onde a composição sem a cabeça de chapa seja aprovada pelo diretório nacional do partido.
Nosso Pré-candidato à Presidência da República é Plínio de Arruda Sampaio

25. A classe trabalhadora enfrenta uma época que exige grandes decisões, diante da pior crise da economia capitalista desde a grande depressão da década de 1930 – crise estrutural, potencializada pelo neoliberalismo, nova etapa de acumulação capitalista da era das privatizações, flexibilização e desregulamentação, provocando também impactos ambientais sem paralelo histórico; resultando no aquecimento global.
26. Esta profunda crise de processo civilizatório pode agravar ainda mais a situação da classe trabalhadora. Como causa já temos mais de 200 milhões de miseráveis no mundo e põe em risco a manutenção de direitos conquistados em épocas menos adversas.
27. No Brasil, nenhum desses imensos desafios poderá ser adequadamente enfrentado se não houver articulação entre os partidos de esquerda anticapitalistas, os movimentos sociais anti-sistêmicos, os sindicatos autônomos e classistas e a juventude engajada na luta política e cultural.
28. Por isso é imprescindível a elaboração de um projeto para o Brasil, de combate as causas estruturais das crises em curso. O programa precisa estar fundamentado em medidas macroeconômicas que configurem uma estratégia de enfrentamento à crise sem aceitação das restrições que o capital e a classe dominante querem impor aos trabalhadores, e sem perda de direitos e garantias já adquiridos. Tem de enfrentar as questões da dívida pública, encaminhando a agenda do Jubileu Sul para realização de uma rigorosa auditoria, cancelando os pagamentos ilegítimos dos juros, denunciando a baixa tributação sobre o capital, objetivando assegurar menor tributação aos trabalhadores e recursos para desenvolver as políticas públicas.
29. Somente combatendo o padrão de acumulação expropriador e depredador será possível enfrentar a grave crise ecológica criada pela lógica irracional do mercado.
30. O programa deve, também, ser um instrumento contra as tendências autoritárias, xenófobas, machistas e racistas que se alimentam do agravamento do quadro social. Mais amplamente, o programa tem de expressar uma resposta conjunta dos povos de nossa região aos agravados desafios comuns colocados pela crise de civilização que vivemos. Devemos pautar também uma intensa denúncia da criminalização dos movimentos sociais e da pobreza.
31. Por fim, em nossa compreensão a luta dos socialistas e revolucionários não pode se limitar ao combate às formas de corrupção, mas o atual cenário de escândalos recoloca para nós a obrigação de defender o fim do Senado e a prisão dos corruptos e corruptores.
ALTERNATIVA ANTICAPITALISTA EM 2010
32. Um projeto anticapitalista, popular e socialista precisa ter seu programa forjado desde já nas lutas imediatas, expressando também as reivindicações históricas dos trabalhadores. Apenas dessa forma as forças populares terão condições de oferecer, em 2010, uma alternativa de voto aos milhões de brasileiros e brasileiras, que rechaçam o projeto da burguesia.
33. A classe trabalhadora não pode ficar refém da falsa polarização entre a candidatura do governo Lula versus a do bloco PSDB/DEM na figura de José Serra, pois, com pequenas diferenças, seus programas têm por mote a salvação do capital diante da crise e os ataques à classe trabalhadora.
34. Tampouco podemos deixar de apresentar uma alternativa à possível candidatura de Marina Silva, pelo PV, que não expressa uma ruptura com o projeto global de governo que balizou os dois mandatos de Lula. Além de não superar uma visão utópica e meramente retórica de que pode haver de desenvolvimento ambiental sustentável sobre bases capitalistas. Não por acaso, o partido que escolheu para se filiar se encontra na base de governos que vão do PT ao PSDB e tem Zequinha Sarney como um dos seus chefes.
UM NOME A SERVIÇO DE UM PROJETO
35. O povo tem o direito de conhecer formas não capitalistas de sair da crise, por isso nos propomos a construir as bases de um autêntico projeto socialista para o Brasil. O nome de Plínio de Arruda Sampaio, como pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, afirma essa necessidade e a possibilidade deste debate.
36. Plínio é reserva moral e política da esquerda brasileira, que guarda coerência integral com os desafios da reorganização de forças do campo socialista e da classe trabalhadora; neste novo momento histórico em que vivemos. Representa de forma coerente um projeto de natureza anticapitalista para o Brasil.
37. Além dos requisitos anteriores, é capaz de representar o perfil de uma política de alianças centrada nos partidos da Frente de Esquerda Socialista (PSOL, PCB e PSTU) e nos setores do movimento de massas que permanecem comprometidos com uma intervenção transformadora na luta de classes.
38. Enfim, a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio possui enorme potencial de aglutinação de forças políticas e sociais, avanço no debate programático e acúmulo estratégico na direção de um projeto socialista para o Brasil.
39. A partir deste manifesto propomos construir uma ampla agenda de debates e atividades com todos aqueles setores que estejam dispostos a se engajar na formulação de um novo projeto para o Brasil com as bases aqui propostas.
Assinam essa Tese:


Nome
Cidade
Estado
1
Adriana Cristina de Alencar
Castilho
SP
2
Adriana Pereira do Nascimento
SBC
SP
3
Adriana Roberta
Itú
SP
4
Adriana Rosa de Andrade
SBC
SP
5
Adriano Jesus Eusébio
SBC
SP
6
Afonso de Sá Campo
Birigui
SP
7
Alan Aparecido Gonçalves
SBC
SP
8
Alayde Nogueira Lorenzo
Pracinha
SP
9
Alda Maria dos Santos
Hortolândia
SP
10
Aldo Josias dos Santos Junior
SBC
SP
11
Aldo Santos
SBC
SP
12
Alexandre Benedetti
Itú
SP
13
Alexandre de Paula Cruz
Santo André
SP
14
Ana Catarina da Silva
SBC
SP
15
Ana Maria
Castilho
SP
16
Ana Nogueira dos Santos
Pracinha
SP
17
Ana Paula
Araçatuba
SP
18
Ana Paula Mori Capuano
SBC
SP
19
Ângela Maria Palermo dos Santos
SBC
SP
20
Anice Kassab
Castilho
SP
21
Antonia Aparecida Alencar
SBC
SP
22
Antonio Carlos
Castilho
SP
23
Antonio Celso de Oliveira
Guarulhos
SP
24
Antonio da Silva
Itú
SP
25
Antonio Francisco de Oliveira
Angatuba
SP
26
Antonio Jovem Filho
Diadema
SP
27
Antonio Maciel
Araçatuba
SP
28
Antonio Mario
Diadema
SP
29
Aparecido Alexandre da Silva
SBC
SP
30
Aparecido Jose
Guarulhos
SP
31
Ariovaldo Crispin
Carapicuiba
SP
32
Arnaldo Fortunato
Guarulhos
SP
33
Arthur Alves de Paixão
SBC
SP
34
Aureci Coutinho de Carvalho
SBC
SP
35
Beatriz de Oliveira
Araçatuba
SP
36
Brás Vilas Boas
SBC
SP
37
Bruna Ribeiro de Carvalho
SBC
SP
38
Calixtro Almeida da Silva
SBC
SP
39
Camila Silva Costa
SBC
SP
40
Carlos Alberto Cardoso Simões
SBC
SP
41
Carlos Alberto Ferreira Batista
SBC
SP
42
Carlos Dias da Silva
SBC
SP
43
Carlos Roberto
Itanhaém
SP
44
Carlos Rocha
Hortolândia
SP
45
Celso Carlos
Salto
SP
46
Cesar Bodra
SBC
SP
47
Charles Erich Neres Dias
SBC
SP
48
Cícero das Graças Lima
SBC
SP
49
Cicero Rodrigues da Silva
São Paulo
SP
50
Clarice Cordeiro Castanheira
SBC
SP
51
Clauvete Nicolau dos Santos
SBC
SP
52
Cleber Cordeiro da Silva
SBC
SP
53
Cleofano Alves Bonifácio
Osasco
SP
54
Cristiano Leite Batista
SBC
SP
55
Dagmar Aparecida
Diadema
SP
56
Danilo Gomes
Pracinha
SP
57
Danton Leonel
Araçatuba
SP
58
Denis do Prado Lorenzo
SBC
SP
59
Diego Simões
SBC
SP
60
Diego Vilas Boas
Carapicuiba
SP
61
Dimas Mariano
Angatuba
SP
62
Diógenes Batista Freitas
SBC
SP
63
Djalma Almir Simões
SBC
SP
64
Ederaldo Batista
Guarulhos
SP
65
Edivaldo Vieira
Guarulhos
SP
66
Edmar Fabiano
Itú
SP
67
Edmilsom Jose Bezerra Diniz
SBC
SP
68
Edson Bonfim dos Santos
SBC
SP
69
Edson Maciel
Araçatuba
SP
70
Edvaldo de Andrade
SBC
SP
71
Elias Leal de Sousa
SBC
SP
72
Eric Nunes
Guarulhos
SP
73
Erica Sena Vilas Boas
Carapicuiba
SP
74
Erivaldo Josias dos Santos
SBC
SP
75
Euclides Garcia
Araçatuba
SP
76
Evaldo Videira Costa
SBC
SP
77
Evellyn Almeida de Oliveira
SBC
SP
78
Fabio Tavares
SBC
SP
79
Felipe Borges Debossam Moreira
SBC
SP
80
Felix Cavale
Guarulhos
SP
81
Fernando Crispin
Carapicuiba
SP
82
Fernando da Silva Magalhães
SBC
SP
83
Fernando Lopes
Itú
SP
84
Firmo Alves Cruz
SBC
SP
85
Francisco Gretter
São Paulo
SP
86
Francisco Moacir Ribeiro de Souza
SBC
SP
87
Francisco Raimundo dos Santos
Campinas
SP
88
Gelia Aissa
Castilho
SP
89
Geni Soares
Castilho
SP
90
Genivaldo de Sousa
Salto
SP
91
Geraldo Izaias Pereira
SBC
SP
92
Gerson Ribas
Diadema
SP
93
Gilmar Brito
Guarulhos
SP
94
Hemeson dos Santos Fé
SBC
SP
95
Ilândia Souza Silva
Osasco
SP
96
Irani de Oliveira
Castilho
SP
97
Irani Lopes de Almeida
SBC
SP
98
Isaac Araújo
Carapicuiba
SP
99
Isaias Martins Costa
SBC
SP
100
Ismair Benite
Salto
SP
101
Ivone dos Santos
SBC
SP
102
Izaias de Oliveira Silva
Itanhaém
SP
103
Jardel Josias Palermo dos Santos
SBC
SP
104
João Alves Moreira
Itú
SP
105
João Batista
Araçatuba
SP
106
João Batista Alves da Silva
SBC
SP
107
João Joaquim
Osasco
SP
108
Joel Francisco
Diadema
SP
109
José Antonio Rodrigues
Guarulhos
SP
110
José Batista dos Santos
Guarulhos
SP
111
José Carlos B. dias
SBC
SP
112
Jose de Jesus Costa
Osasco
SP
113
José Irineu do Nascimento
SBC
SP
114
José Joaquim
Guarulhos
SP
115
José Renato
Itú
SP
116
José Ribeiro Souza
SBC
SP
117
José Vicente Santiago
SBC
SP
118
Judite Arcanjo de Souza
SBC
SP
119
Judite Bonin
Itú
SP
120
Juliana da Penha
Guarulhos
SP
121
Juliano Dicaprio
Santo André
SP
122
Julina da Paz
Guarulhos
SP
123
Jurandir José dos Santos
SBC
SP
124
Juvenal Batista Costa Alvarenga
SBC
SP
125
Karina Vasconcelos
Guarulhos
SP
126
Kátia Alexandre
Guarulhos
SP
127
Kelly Caroline
Guarulhos
SP
128
Kelly Diana
Salto
SP
129
Lauro José Benedetti
Itú
SP
130
Leandro Caetano Pinto
SBC
SP
131
Leandro Martins "Recife"
SBC
SP
132
Leonardo da Silva
Araçatuba
SP
133
Lindomar Conceição C. Federighi
São José do Rio Preto
SP
134
Lino Fernando Lorenzo
Pracinha
SP
135
Luana Torres de Oliveira
SBC
SP
136
Lucilene Muniz
Carapicuiba
SP
137
Luis Fernando Pontes
SBC
SP
138
Luis Gonzaga Calixto
SBC
SP
139
Luiz Cesar Rossini
SBC
SP
140
Magali Aparecida
Guarulhos
SP
141
Malvina Milindro Ferreira
SBC
SP
142
Manoel Hélio Alves
SBC
SP
143
Marçal Magalhães
Salto
SP
144
Marcelo Figueiredo Lemos
SBC
SP
145
Márcio Américo da Silva
Osasco
SP
146
Marcio Margera
Salto
SP
147
Marcos Favalli
Santo André
SP
148
Marcus Vinicius
Salto
SP
149
Maria Custódia da Silva Correia
SBC
SP
150
Maria da Conceição Oliveira
SBC
SP
151
Maria da Penha
Castilho
SP
152
Maria de Lourdes de Souza
SBC
SP
153
Maria de Lourdes Delmondes
SBC
SP
154
Maria Devanir Simões (Wanda)
SBC
SP
155
Maria do Carmo S. Vilas Boas
SBC
SP
156
Maria Dolores
Itanhaém
SP
157
Maria Edinilda
Itanhaém
SP
158
Maria Elizangela Leite de Oliveira
SBC
SP
159
Maria Helena
Castilho
SP
160
Maria Irene Palermo dos Santos
SBC
SP
161
Maria Izabel de Sousa Carvalho
SBC
SP
162
Maria Lindaura da Silva
SBC
SP
163
Maria Lucia Tavares
SBC
SP
164
Maria Lucia Xavier
Guarulhos
SP
165
Marly Penalva Campos
Birigui
SP
166
Maxiliano Rosa
SBC
SP
167
Milton Mitiho Kakiuchi
SBC
SP
168
Moacir Américo
Osasco
SP
169
Moises Pedro da Silva
São Carlos
SP
170
Nair Aparecida Furkin
SBC
SP
171
Nayara Alves Navarro
SBC
SP
172
Nei Celso
Araçatuba
SP
173
Neide Reges de Lima
Guarulhos
SP
174
Nilsa Aparecida S. da Calixtro
SBC
SP
175
Nilton Coelho Vieira
SBC
SP
176
Odair Roberto da Silva
SBC
SP
177
Olidina dos Santos
Guarulhos
SP
178
Olímpia Maria de Araujo
SBC
SP
179
Osmair Ramos dos Santos
SBC
SP
180
Osman Martiniano
Guarulhos
SP
181
Ozani Martiniano
Guarulhos
SP
182
Patrícia de Lourdes
Itú
SP
183
Patricia Vieira
SBC
SP
184
Paula Santos
Hortolândia
SP
185
Paulo Jose Neves
SBC
SP
186
Raimunda Ferreira Diniz
SBC
SP
187
Raimundo de Carvalho Fé
SBC
SP
188
Raimundo Nonato
SBC
SP
189
Raquel Oliveira
Araçatuba
SP
190
Regina Seyssel
Itú
SP
191
Reginaldo Piguinatare
Guarulhos
SP
192
Renato Bendetti
Itú
SP
193
Reni Gomes da Silva
São Paulo
SP
194
Renilson Cabral de Melo
SBC
SP
195
Ricardo Antonio Marcusso
Carapicuiba
SP
196
Ricardo Borges
Carapicuiba
SP
197
Ricardo Caries
Guarulhos
SP
198
Riquembergue
Guarulhos
SP
199
Rita de Cássia da Silva
Osasco
SP
200
Rita Leite Diniz
Salto
SP
201
Roberto Carlos Romal
Guarulhos
SP
202
Rodrigo Batista
Guarulhos
SP
203
Rogério Romano
Guarulhos
SP
204
Ronald Augusto Silva
Carapicuiba
SP
205
Ronaldo Alcântara Reis
Diadema
SP
206
Rosa Nobuko Maeda
SBC
SP
207
Rosana Maria
Itú
SP
208
Rosenildo Ronald Resende Torres
SBC
SP
209
Rozana Martiniano
Guarulhos
SP
210
Salatiel Casemiro
Salto
SP
211
Sandra Laura Rodrigues
SBC
SP
212
Sandro Aparecido
Carapicuiba
SP
213
Sandro Cervantes Antunes
SBC
SP
214
Sebastião Reinaldo
Itanhaém
SP
215
Selma Laura Rodrigues
SBC
SP
216
Silmara Bernardino da Silva
Araçatuba
SP
217
Silvana Sotini
Castilho
SP
218
Silvio Luiz Guimarães
Itanhaém
SP
219
Sílvio Luiz Guimarães
Itanhaém
SP
220
Simone Ferreira Maciel
SBC
SP
221
Simone Pereira do Nascimento
SBC
SP
222
Solange Orlandi
Itanhaém
SP
223
Sonia Maria de Almeida
Diadema
SP
224
Soraia Vasconcelos
Guarulhos
SP
225
Stefani Aparecida
Guarulhos
SP
226
Suzane Fátima Costa
SBC
SP
227
Tatiana Almeida Rocha
SBC
SP
228
Tatiana Palmieri
Salto
SP
229
Vagner Alves
Guarulhos
SP
230
Valdilene dos Santos Fé
SBC
SP
231
Valdineis Pereira
Guarulhos
SP
232
Valdir Aureliano Diniz
Itanhaém
SP
233
Valéria Berlofa
Salto
SP
234
Valter Augusto Bueno
SBC
SP
235
Vanderlei Francisco Marques
Santo André
SP
236
Veralucia de Lima
SBC
SP
237
Walter Fernandes
Itanhaém
SP
238
Wilson Roberto Batista
Garça
SP


CONTATOS:
ALDO SANTOS (11) 8250-5385 – e-mail: aldosantos@terra.com.br
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sempre Presente

Em 13 de fevereiro de 1929, nasceu uma linda e importante mulher no sertão do Ceara, que desde o nascimento enfrentou as marcas do sofrimento, da resistência e da superação. Essa mulher foi batizada com o nome de Maria Bevenuta de Jesus, criada pelo pai e pela madrasta. Casou-se aos treze anos com Josias Raimundo dos Santos, também da circunvizinhança do sertão cearense. Deste casamento nasceram: Raimundo Josias dos Santos, Francisco Josias dos Santos, Erivaldo Josias dos Santos, Aldo Josias dos Santos, Tânia Maria dos Santos, Francisco Cleonaldo dos Santos, Francisco Raimundo dos Santos e Alda Maria dos Santos. Além desses, outros dois natimortos fazem parte de nossa história. A Família conta hoje com 19 netos (as) e 8 bisnetos (as).
Empurrados pela seca e pelas dificuldades sociais, migraram para o interior de São Paulo, trabalhando como bóia fria, meeiro, arrendatários, pequenos sitiante. No final da década de 60 e início da década 70, parte da família veio para a Cidade de São Bernardo e posteriormente mudaram-se para Diadema. Hoje, grande parte dos irmãos estão morando na Cidade de Hortolândia.
A APEOESP - Sindicato dos professores do Estado de São Paulo, sabiamente publicou na Agenda dos Professores – 2010, uma merecida homenagem as grandes mulheres, que se destacaram em vários campos das atividades humanas, tais como: Bertha Lutz, pioneira do feminismo brasileiro; Chiquinha Gonzaga, importante expoente da musica brasileira; Cora Coralina, destacada poetiza; Dandara, Mulher de zumbi dos Palmares e guerreira contra a escravidão; Joana D’arc, guerreira francesa; Maysa, ilustre cantora; Mercedes Sosa, singular cantora de musicas revolucionárias latino-americano; Olga Benário, militante comunista; Pagu, participante do movimento modernista; Rachel de Queiroz, importante escritora brasileira; Rosa Luxemburgo, filósofa marxista e militante política e; Simone de Beauvoir, famosa escritora libertária.
É claro que outras mulheres importantes também existiram e existem, porém, os afazeres cotidianos e o envolvimento com a preservação da espécie obstam sua notoriedade.
Na lista publicada faltam mulheres que, pela coragem, ousadia, militância e superação das dificuldades da vida, são verdadeiras heroínas, cujos valores estão impregnados na cultura popular, familiar e de seus descendentes ao longo da existência humana.
Maria Bevenuta de Jesus, teve e tem importante contribuição na criação e zelo dos filhos e filhas, netos e netas e sua memória está mais viva do que pensamos no nosso cotidiano, definindo valores ético-morais, estéticos, filosóficos e militantes das causas coletivas e libertárias.
Sua biografia foi marcada pela escultura de um mundo novo, pela ruptura com a sociedade posta. Militou no surgimento de PT , no núcleo do Jardim Independência, participou do movimento de mulheres nesta região, liderou e coordenou o primeiro encontro de mulheres em Diadema, conforme documentos existentes em nossos arquivos, contribuiu com a luta partidária em Hortolândia, sendo uma das primeiras dirigentes da ALS (eleita no primeiro congresso) e em suas últimas palavras fez menção “à festa-alegria, união familiar, focando a necessidade da militância política”.
Há 81 anos, essa brava mulher foi lançada ao mundo, numa vida sem fim, impregnada do efêmero e da ternura presente em todos os seres viventes.
Num mundo onde o capitalismo determina o tempo e as prioridades de cada um de nos, é fundamental refletir, elaborar e pensar sobre nossos antepassados que estão mais vivos entre e dentro de nós, do que muitos imaginam.

Feliz Aniversário Dona Maria.

Escrever sobre nossos entes é preciso!!!!


Aldo Santos: Sindicalista, Ex-vereador em SBC, Presidente da Associação dos Professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, coordenador da corrente política TLS, membro do Diretório Nacional e da Executiva Estadual do Psol –SP.(13/02/2010)
REPRESENTAR O PSOL E A NOSSA UTOPIA REVOLUCIONÁRIA.

A pré-indicação do ex-vereador de Campinas, Paulo Búfalo, ao governo do Estado de São Paulo é um passo a frente nesse processo de pré-definições. (nota da TLS)


A corrente política do Psol Trabalhadores na Luta socialista (TLS) realizou nos dias 23/24/01/2010, na casa do Professor em São Paulo, uma grande plenária que apreciou e votou inúmeras deliberações em relação ao movimento Sindical, Popular, Estudantil, Gênero / Etnia e Partidário.
Neste ano vamos travar importante batalha pela construção de uma nova Central da Classe Trabalhadora, além do Congresso da APEOESP, onde será debatida a continuidade ou não da proporcionalidade no sindicato .
Além da luta sindical, no Psol vamos enfrentar disputas internas que se arrastarão até a conferência eleitoral prevista para a primeira quinzena do mês de Abril, bem como participarmos das eleições em outubro de 2010.
Embora atrasado em suas definições, o partido realizará debates nos Estados e, esperamos que o pré-candidato Plínio de Arruda Sampaio possa dar sua contribuição nesse momento, organizando e unificando a esquerda brasileira, representando o partido nesse momento de intensos debates, com ações propositivas. A primeira tese sobre o lançamento de candidatura própria foi vencedora, vez que apesar de pretensas manobras, houve uma insurgência da base e o episódio da política de aliança do PV no Rio de Janeiro foi uma “saída honrosa”.
Resta agora o bom senso e equilíbrio que só a candidatura de Plínio poderá proporcionar, dado a sua amplitude e perfil que representa. Fazemos um chamado a APS e ao Enlace e demais correntes para que possamos definir esse processo o mais rápido possível, colocando o partido nos rumos da efetiva disputa externa, em base a um programa de luta rumo a construção do Socialismo Democrático.
Na plenária da TLS, várias forças compareceram e saudaram os presentes. Compareceram representantes da Conspiração Socialista, do MTS e o pelo próprio companheiro Plínio de Arruda Sampaio. A sua saudação do foi muito proveitosa, ao falar de sua opção pela esquerda, da unidade em base a um programa comum, do seu empenho na luta pela reforma agrária e urbana nesse País, da necessidade de destruirmos o capitalismo e do enfrentamento aos candidatos representantes dos PETUCANOS, DEM e PV de Marina Silva (fortemente apoiado pela Família Sarney). Por mais de uma hora, relatou fatos, respondeu questionamentos e agradeceu o apoio recebido da TLS nesse processo de acúmulo e debate interno que seguramente será vitorioso.
De nossa parte, entendemos que a resolução da TLS, estimula o partido para apressar as definições já tardias e estamos convencidos que para São Paulo (maior colégio eleitoral do País), o nome do pré-candidato Plínio de Arruda Sampaio acumula mais, e seguramente vai fortalecer o processo eleitoral em nível estadual e nacional.
A pré-indicação do ex-vereador de Campinas ao governo do Estado, Paulo Búfalo, é um passo a frente nesse processo de pré-definições em âmbito partidário e na sociedade.
Esperamos que as demais correntes viabilizem suas plenárias para que possamos recuperar o tempo perdido, do ponto de vista das disputas eleitorais em curso.
Os demais Partidos já resolveram as indicações dos candidatos majoritários e em alguns lugares até mesmo os candidatos proporcionais estão articulando suas campanhas.
Devemos urgentemente constituir grupos de debate sobre o programa de governo e de luta, abrindo esse debate nas instâncias partidárias, (Diretórios, núcleos com todos filiados e na sociedade em geral) principalmente nesse processo de debate e tirada de delegados (as) à Conferência Eleitoral Nacional prevista para o mês de Abril.
Dentre os vários apoios que o nosso pré-candidato tem recebido, destaco o poético depoimento do Deputado Estadual Marcelo Freixo, sobre a personalidade política de Plínio de Arruda Sampaio. “Quando questionado sobre os melhores anos de sua vida, Plínio não titubeou: ‘os melhores anos da minha vida são os que virão’. Além de poético, profético. O velho não imaginou a tarefa que a vida iria lhe impor:ser candidato à Presidência da república pelo Psol.É um presente e uma homenagem que o Partido Socialismo e Liberdade faz a República brasileira.Nas lutas sociais e no processo eleitoral, Plínio Arruda Sampaio tem todas as condições de representar o Psol e a nossa utopia socialista”(Marcelo Freixo, Deputado estadual pelo Psol/RJ)

Debater e aprovar um o programa e definir os nossos candidatos é preciso!!!

Aldo Santos :Sindicalista, ex-vereador SBC, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, Coordenador da Corrente política TLS, membro do Diretório Nacional e da Executiva Estadual do PSOL-SP.(28/01/2010)