sábado, 24 de outubro de 2009

POSICIONAMENTO E ORIENTAÇÃO AOS MILITANTES DA TLS SOBRE AS ELEIÇÕES 2010

CONSTRUINDO UMA FERRAMENTA DA CLASSE TRABALHASORA ( TLS)


As eleições gerais de 2010 já estão na pauta da conjuntura. A grande imprensa faz seu jogo para garantir a vitória da burguesa de um jeito ou de outro. A bipolarização apresentada por ela cumpre um papel de esconder o setor que faz a crítica ao sistema como um todo e , em particular, ao neoliberalismo. Tanto PT como PSDB são caudatários da política neoliberal, garantindo os lucros da burguesia (nacional e internacional) em detrenimento do atendimento das necessidades e direitos da população trabalhadora.
A burguesia já escolheu seus candidatos: vai de Dilma Roussef ou de José Serra. Agora estão fazendo as movimentações para um lado ou para o outro. O PMDB vai de Dilma e o DEMO de Serra e assim por diante. Tais alianças têm pouco de ideológico e muito de fisiológico. Inclusive partidos que o fisiologismo é congênito, ou seja, sua ideologia é o fisiologismo já se apresentaram no cenário com suas moedas de troca. É o caso do PSB com Ciro Gomes e do PV com Marina Silva.
Da nossa parte, apesar de Heloisa Helena aparecer nas pesquisas com mais de 10% das intenções de voto – e considere que ela está fora da grande mídia há algum tempo - ela não será a nossa candidata a presidência da república. Nós, e grande parte do partido, posicionamos em defesa da candidatura da companheira. Posição amplamente majoritária no partido. Mas o argumento de que ela deveria ser a candidata para fortalecer a construção partidária, pela densidade eleitoral que possui não bastaram. A rigor deveríamos então colocar todos os militantes nossos com maior densidade eleitoral para serem candidatos majoritários. O argumento de que preservar mandatos é fundamental para o partido serve para HH, uma vez que ela vai buscar um mandato de senadora.
Nossas dificuldades de construção e estruturação do PSOL não podem levar-nos a desistência da construção de uma ferramenta para a luta da classe trabalhadora. Com um programa claramente antiimperialista, anticapitalista, que defenda a construção de uma sociedade justa, igualitária e solidária, que defenda a revolução socialista.
A conjuntura colocada para o movimento no próximo período é extremamente pesada e desfavorável. Os mais de 80% de aprovação do governo Lula o fortalece para atacar direitos a muito conquistado. Se ele aprovar no Congresso Nacional a redução da jornada para 40 horas semanais, tal fatura será muito onerosa para os trabalhadores, uma vez que o movimento não tem ‘ascenço’ no momento para conquistar esta reivindicação antiga. Por outro lado, isso repercute no imaginário da população favorável a popularidade de Lula.
As consequências da crise e sua superação ainda estão por estourar e não conseguimos desmentir o governo e a imprensa que afirma que a crise já passou. A ofensiva sobre os movimentos sociais, tratando-os como Washington Luís – uma questão de polícia -, com amparo da justiça e apoiada pela imprensa continua avançando.
As expectativas são de aprofundamento no próximo período, pois com a necessidade de preparar o espaço urbano brasileiro para os grandes eventos internacionais que ocorrerão aqui, vai levar a uma “faxina étnica”, a uma “higienização das cidades”, enfim, vão matar muitos negros, prostitutas, mendigos, numa palavra: pobres.
È verdade também que começa a pipocar mobilizações: greves (bancários, correios), rebelião popular (Paraisópolis, trens no Rio de Janeiro). Daí se tornar imperativo para nós a construção de um organismo que possa orientar as lutas no próximo período. A nova central sindical e popular deve tirar o caráter de movimentações isoladas e voluntariosas para mobilizações organizadas.
Será com a força da resistência a esse conjunto de ataques que virão que entraremos no debate eleitoral de 2010. Não há espaço para inflexão à direita. Não é possível pensar a hipótese do PSOL vacilar e confundir os trabalhadores nesse momento. O PSOL deve ter suas candidaturas majoritárias que levem e debatam o nosso programa. Nossa política de alianças é no campo da esquerda combativa (partidos e movimentos). Não aceitaremos financiamento da burguesia nacional e internacional. Assim, teremos candidato (a) a presidência da república debaterá a política de aliança com o PSTU e o PCB (Frente de Esquerda) e os movimentos sociais.
Quando da III Conferência Eleitoral, em março 2010, devemos chegar com o programa já debatido amplamente pela base partidária, se possível, construir um consenso em torno do nome que será nosso (a) candidato (a) a presidência. Hoje estão colocados os nomes de Milton Temer (RJ), Plínio de A Sampaio (SP) e Babá (RJ).
A Coordenação Dirigente Central (CDC) orienta nossas Coordenações Municipais a reunirem nossa militância para abrir o debate interno a fim de construirmos nossa posição e apontar um calendário em preparação para uma Plenária Geral. Pontos a serem debatidos:
a) Nome para a presidência da república?
b) Nome a governador do estado?
c) Senadores?
d) Proporcionais:
di) Apresentaremos chapa pura (deputado federal e deputado estadual)?
dii)Apresentaremos chapa mista (apoiaremos um deputado de outra corrente e ou um da nossa corrente)?
diii)Concentraremos os esforços em uma candidatura e as outras seriam de apoio à esta (um candidato a federal ou estadual e todos os outros (da corrente) dobrando com ele?
e) Política de finanças do TLS para as eleições...
f)Pontos que tem que estar no programa (Federal e Estadual).
g)Composição da chapa com os aliados?
h)Organização da Corrente para tiradas de delegados para a Conferencia Nacional.
Finalmente, solicitamos que as coordenações constituídas da TLS, discutam a posição indicativa da Coordenação Dirigente Central: Diante das declarações de Heloisa Helena e outros setores do Partido em dialogar com a Marina Silva do PV, nosso posicionamento é pelo lançamento e construção de uma candidatura a Presidência da República das fileiras do próprio Psol .

(COORDENAÇÃO DIRIGENTE CENTRAL-TLS)

REORGANIZAÇÃO SINDICAL URGENTE

SEMINÁRIO DE REORGANIZAÇÃO SINDICAL.
CAPITAL E GRANDE SÃO PAULO
SINDISPREV 19/10/09
.
PAUTA:
Conjuntura ;
Reorganização.
No período da manhã ocorreu o debate de conjuntura, onde as diversas forças ali presentes registraram suas análises diante da atual conjuntura. Discorreram sobre a crise econômica mundial, pré-sal, copa do mundo/olimpíadas no Brasil, governo Lula , eleições 2010 entre outros pontos.
Após o almoço foi instalada a mesa para o debate sobre a reorganização sindical, onde foram apresentadas as diversas posições sobre tal debate (concepção de central, natureza, caráter) que passamos a sintetizar abaixo. Cabe registrar que a polêmica ficou centrada no debate sobre o caráter da nova central, ou seja, se ela devia ser sindical, popular e estudantil – raramente esbarrando em outros pontos como a estrutura e funcionamento, democracia operária, programa etc.
1- Defesa da construção de uma central sindical, popular e estudantil, inclusive composta por movimento negro, movimento de mulheres, opressão sexual (LGBTT). Nesta posição estão basicamente dois setores o PSTU e o Bloco de Resistência Socialista. O PSTU dirige mais de 80% da Conlutas e o BRS é um bloco formado por setores minoritários do PSOL, entre eles o LSR. Argumentam que em nada vai atrapalhar o movimento revolucionário a composição da direção de uma nova central com todos os setores que componham o movimento social e ainda que o formato da Conlutas contempla todos esses setores hoje e que não poderiam excluí-los agora na hora de uma nova reorganização.
2- Defesa da construção de uma nova central sindical e popular. Nesse posicionamento ficariam fora da direção da central os movimentos de gênero, negros, sexistas e estudantes. Essa é a nossa posição (TLS), do PSOL, da INTERSINDICAL, setores da Conlutas (CST, FOS). Os trabalhadores são quem dirigem os trabalhadores, os movimentos citados são mais amplos, contemplam trabalhadores, e não-trabalhadores, não respeita o corte de classe, e no caso dos estudantes trata-se de um momento da vida e não do seu ser, uma vez que vão deixar de ser estudantes para tornar-se trabalhadores.
Sobre o calendário, os defensores da central sindical e popular apontam para março a data do encontro de fundação da nova central, uma vez que, o ano que vem é ano eleitoral e depois desse período entre no processo eleitoral dificultando efetivamente a reorganização para 2010. Enquanto o outro setor (PSTU) acredita que não deve acelerar o processo e não aponta uma data, avaliando que março está muito próximo.
A avaliação que fazemos é que a polêmica sobre os movimentos de opressão e estudantil estar ou não na nova central mascara o debate que está travando o processo de criação da nova central, a saber quem será a direção na nova central. Tudo indica que o PSTU só consegue ser maioria se trouxer aqueles setores para a direção, caso contrário, não serão. Neste sentido, parece-nos que preverem travar a política até resolver esta questão de controle do aparelho. Mesmo porque do ponto de vista teórico eles também reconhecem a centralidade do trabalho (e dos operários) no processo revolucionário.
Nossa participação no seminário ficou muito aquém da nossa representação, estávamos em dois (Ederaldo/Soraya). Sabemos da sobre carga de agenda neste final de ano, daí a necessidade de escolhermos prioridades e concentrar nossa energia. A participação efetiva no processo de reorganização sindical é fundamental para o TLS, não podemos ficar a margem desse debate. Daí todos os nossos militantes das diversas categorias devem se incluir e se inteirar dessa agenda, lembrando que dias 1 e 2 de novembro, na quadra dos bancários (SP), ocorrerá o seminário nacional de reorganização sindical. As coordenações de política sindical da TLS devem organizar e garantir nossa participação.
PRESENTES:
CONLUTAS, INTERSINDICAL, PASTORAL OPERÁRIA, MTST, MTL. TLS e outras

Ederaldo
Pela Coordenação Dirigente Central da TLS .

SEMANA DA CONSCÊNCIA NEGRA

Reunidos no dia 23/10/09, na Sede Estadual do Psol, um grupo de militantes e simpatizantes da TLS, debateram os seguintes temas relacionados ao movimento negro.
1- Reconhecemos que a experiência que militantes da Apeoesp de SBC, tem desenvolvido em relação a Semana da consciência negra tem demonstrado efetivo avanço na luta contra o preconceito racial e na organização e conscientização dos mesmo ;
2- Vamos acumular textos e o inteiro teor da lei do estatuto da igualdade Racial para que possamos avaliar a dimensão do projeto aprovado;
3- Vamos também discutir na próxima reunião a resolução do Partido que aprovou no 2º Congresso Estadual a criação de uma secretaria de negros e negras do Partido , porém, continua sendo tratado e caracterizado como um setorial;
4- Pretendemos também até o final de novembro realizar um a aula pública com o professor Alfredo Buollos sobre o tema: a imagem do negro nos livros didáticos.

Nesse sentido, convidamos outros companheiros (as) para nossa próxima reunião no dia 05/11/09 às 17 horas na sede estadual do Psol na Vila Mariana São Paulo Capital.
Sem mais,
Omissão organizadora.( Cido, Aldo Santos, Ederaldo, Stéfani)




É uregente renovar a Diretoria de ensino de Diadema

Nossa Luta contra a municipalização do Ensino continua .
Em Diadema, o ataque aos educadores Continua. Acompanhamos de perto a angústia dos Professores do Estado que foram vítimas do Prefeito Mário Reali, que rasgou o compromisso político/eleitoral que assumiu durante a campanha com os educadores estaduais da cidade .
“Em junho deste ano, quando a prefeitura assumiu quatro unidades do Centro e do sul da cidade. Desde então, a administração é responsável pelas escolas Fabíola Lima Goyano, Dr. Átila Ferreira Vaz e Doutor José Martins da Silva, na região do Eldorado e Jardim Inamar, além do Professor Francisco Daniel Trivinho, no Centro.As Escolas Estaduais Sagrado Coração de Jesus (Jardim Casa Grande), Deputado Freitas Nobre (Vila Nogueira), Doutor Mário Santalucia (Serraria), Professora Zilda Gomes dos Reis Almeida (Jardim Bela Vista) e Inspetor Reinaldo José Santana (Jardim Inamar) passarão a ser responsabilidade municipal. Com a medida, o atendimento do 1º ao 5º ano na cidade passará de 8 mil para 12 mil alunos.”(Matéria elaborada por Claudia Mayara do Diario Regional - 21 de outubro de 2009 )
Os professores contam com o apoio da subsede da APEOESP Diadema e da comunidade organizada que vem resistindo bravamente , uma vez que o Estado e o Município estão em sintonia política com a proposta de municipalização da Educação, comprometendo a melhoria do ensino, e promovendo o desemprego dos professores Estaduais.
Além da Prefeitura e da Câmara Municipal, que inclusive vem processando o sindicato (subsede APEOESP Diadema) por ter reagido a agressão sofrida no interior do poder legislativo da cidade, a Diretoria de Ensino coopera na viabilização do pacto Petucano .
Aliás, a Dirigente de ensino de Diadema faz um verdadeiro malabarismo político , pois,entra governo e sai governo e ela se adapta a governabilidade, numa prática de permanente conciliação com os sucessivos governantes.
É urgente renovar a Diretoria de Ensino da Cidade, pois a política de subserviência ao governo Estadual e ao poder local, tem gerado um hiato entre a dirigente que está a serviço das políticas neoliberais e os educadores da cidade que clamam por justiça , respeito e valorização profissional .
Os Professores de Diadema deve fazer um amplo debate sobre o papel dos governistas de plantão e denunciá-los pela postura de “inimigos da educação” em nível Municipal ,Estadual e também Federal, pois a aplicação da municipalização do ensino pelo Estado e Município,estão amparadas nas políticas educacionais patrocinadas pelo Fundo de manutenção e desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos profissionais da Educação (FUNDEB) e no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) de LULA.
Esse laboratório inclusive conta com o apoio e incentivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da direção majoritária da APEOESP no Estado de são Paulo.
Apesar dos ataques, do desemprego e da falta de palavra do prefeito ao não cumprir os acordos eleitorais conforme denúncias veiculadas na imprensa regional e sindical , os educadores lutam e resistem contra os verdugos da Educação.

Revolucionar e Lutar é preciso!!!


Aldo Santos
Sindicalista, Coordenador da corrente Política TLS, Dirigente Estadual e presidente do Psol SBC.(21/10/2009)