SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DECEPCIONA EDUCADORES

No dia 1º de marco de 2011 no teatro Santos Dumont em São Caetano do Sul, num evento denominado de “Encontro dos Profissionais da Educação da rede pública estadual 2011”, foi decepcionante a participação do Secretario de Educação Herman Jacobus Coenelis Voorwald, Juntamente com sua equipe de trabalho. Por mais de duas horas, o secretario ouviu um rol de reivindicações contido num importante relato dos educadores da região apresentado por uma professora de Santo Andre, em nome dos professores das escolas estaduais do ABC (diretorias de Ensino, Diadema, Santo André, São Bernardo, Mauá).

Após a exposição, vários professores e dirigentes da APEOESP, apresentaram pontos complementares aos apresentados e o Secretario como alguém que aparentemente “não sabia das coisas” ouvia e até questionava algumas afirmações dos oradores. Além dele que falou muito pouco e de concreto nada apresentou para os educadores em pleno mês da data base, falaram ainda: João Cardoso Palma filho, secretário adjunto e mentor histórico dos desmandos da educação pública no estado de São Paulo e o Sr, Fernando Padula (o qual sem precisar afirmar que não era da área), suas afirmações já o denunciava pelo estranhamento e impertinência dos comentários diante da plateia. Por uma questão de respeito e educação por pouco não foram vaiados pelos presentes que num misto de militantes dos sindicatos e outra parte que até então alimentava alguma expectativa dessa nova formulação, que de conteúdo não muda nada, decepcionando os presentes.

O Secretario adjunto reafirmou as bases da educação tucana no Estado de São Paulo, e o Chefe de gabinete vendeu dificuldades para o secretario certamente colher possíveis facilidades. Na pratica trata-se de uma magistral manobra política para ouvir, anotar legitimar e continuar “tudo como dantes no quartel de Abrantes”. Foi uma atitude ridícula e demagógica, haja vista que o governador não é marinheiro de primeira viagem e que certamente quer passar mel na boca dos educadores para continuar com a mesma política de arrocho salarial, humilhação e doutrinarismo a La PSDB, que dentre outros pontos imutáveis, encontra-se a continuidade da escolinha do professor Renato.

O Secretario poderia anunciar algumas medidas como demonstração de novos tempos, questões que dependem só dele, como: retirada das faltas das greves dos prontuários dos professores e até mesmo o abono do dia aos participantes que ali se encontravam; porém nada anunciou, se limitando a ouvir da Dirigente Suzana de SBC que o evento seria sem abono de ponto. Aliás, na reunião em São Bernardo ela ficou de levar a reivindicação do abono do ponto dos professores para o secretario e nada fez também. Só faltava essa, querer transformar professores em cabos eleitorais e ou militantes ideológicos do PSDB.

A postura antidemocrática da própria DE de SBC nessa questão fica latente quando determina através da Rede 68 publicada no site da Diretoria que as escolas têm até o dia 18 de março para discutir quatro pontos: planos de carreira, política salarial, promoção, evolução funcional, jornadas de trabalho e atribuição de aulas. As propostas devem ser remetidas para uma comissão de supervisores sem a participação dos professores e demais funcionários envolvidos, seguindo a linha da SEE que criou um grupo de trabalho estadual sem a participação dos professores e funcionários e cujo coordenador é o Chefe do DRHU Jorge Sagae o homem que desde 1995 implementa os ataques do governo contra o magistério.

Por outro lado, o setor majoritário da direção da APEOESP tem se comportado de forma tímida diante dessa clássica manobra política pedagógica. Na pratica, o governo pretende com essa medida que não é nova na rede, arregimentar em suas fileiras uma base de sustentação contrapondo-se a legitimidade dos sindicatos existentes, oferecendo eventuais migalhas, porem sem mudanças no curso do rio da política psdbista.

É fundamental nossa resposta a essa demagogia, participando nos RRs, do dia 15 de março nas Subsedes da APEOESP, na conferencia estadual das mulheres no dia 26 de março e na assembleia Estadual no dia 1º de abril, para retomarmos os caminhos da luta e os enfrentamentos necessários; única condição capaz de mover o governo Geraldo Alckmim dando um basta nesse secretario que nada conhece da rede, segundo suas próprias declarações.

PAULO NEVES, ALDO SANTOS, DIÓGENES, LOURDES, NAYARA, CIDO, CONCEIÇÃO, VERINHA, MAZÉ, ROGÉLIO, JUDITE, NILZETE, MARINA, DENIS, ABIGHAIL, ALAN, CIDA FERNANDES, VANDERLEI, ODAIR, LUCIA, CIDA BALTHAZAR, NILTON, CRISTINA, ALDO SANTOS JUNIOR.VICENTE,LUCIA,MAX,EDIVALDO