A tragédia da fome e os números do governo.
Por mais que o governo brasileiro tente maquiar os dados da miséria social e econômica existente no país, os números apresentados por ele mesmo não deixam a menor dúvida da tragédia social em que está mergulhada a classe trabalhadora brasileira.
Nesses 511 anos de invasão do nosso território, a classe detentora do poder tentou de todas as formas calar, submeter e exterminar os índios, negros e operários, como forma de sufocar o grito de dor e morte precoce, decorrente da fome que campeia nosso rico país, porém, pobre na distribuição dos bens e riquezas produzidas pela classe trabalhadora historicamente saqueada e escravizada pelos governos e patrões.
Na Colonização, no Império e agora na República o modelo econômico capitalista impresso através dos dados estatísticos, mais do que números, cifras e cálculos, expressam a fisionomia de um povo cansado de ser explorado, extorquido e vendido no lucrativo balcão de negócios em períodos eleitorais, que ocorrem a cada dois anos, na ciranda do vale tudo pela manutenção do poder burguês.
O artigo de Maurício Savarese, sintetiza os dados revelados pelos órgãos governamentais, assim como os dados que dão sustentação às políticas governamentais e afirma que “...no Brasil existem 16,2 milhões de pessoas na extrema pobreza, uma população equivalente a população do terceiro maior estado brasileiro que é o Rio de Janeiro...”
O Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu o valor de R$70,00 (setenta reais) per capita mensal, para definir a população brasileira carente. O Plano “Brasil Sem Miséria” da Presidenta Dilma, terá como base os dados do censo 2010.
“Essa é a população mais vulnerável e, mesmo assim, os serviços públicos não estão chegando. Queremos que os serviços que já existem sirvam a essa população”, disse Campello, ao lado dos presidentes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Pochmann, e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eduardo Nunes. “Pretendemos ir a essa população, não fazer um chamamento e dizer que os equipamentos do Estado estão lá.”
Para os menos esclarecidos e, para os marqueteiros políticos, a campanha de Dilma fará, mais uma vez, o grande milagre da “partilha equilibrada”. Na extrema miséria dará auxílio paliativo que não resolve nem ataca os reais problemas econômicos brasileiros e, na outra ponta, favorecerá os capitalistas, socorrendo bancos e empresários com o dinheiro público sacado do trabalho e suor da classe trabalhadora. O tripé dos governos Getúlio, Lula e Dilma (pais dos pobres e literalmente mãe dos ricos) perpetuam e institucionalizam a miséria e, ainda, usando do marketing eleitoral pousando de defensores e aliados dos pobres e oprimidos.
Num outro artigo de Marcos Mendes, intitulado de “Até quando o Governo vai continuar expropriando o povo? Ele transcreve dados da auditoria cidadã da dívida-2010 (Estudo realizado pelo mandato do deputado federal Ivan Valente do Psol), que vão à raiz dos problemas e, desvendam a relação nos governos de FHC e Lula , no qual aponta que o país está comprometido e afundado em dívidas impagáveis, ao longo dos vários governos que os antecederam:
”Quando FHC assumiu em Jan/1995, a dívida interna era de R$ 62 Bilhões e quando deixou o governo em Dez/2002, esta alcançava R$ 687 Bilhões. A dívida externa era de US$ 143 Bilhões em Jan/1995 e US$ 211 Bilhões quando terminou seu mandato em Dez/2002. Durante os 8 anos de FHC foram pagos R$ 2,079 Trilhões a título de juros, amortizações e rolagem da dívida (Auditoria Cidadã da Dívida – 2010). Isso tudo, apesar das Privatizações de nossas estatais estratégicas e lucrativas!
Lula assumiu o governo em Jan/2003. A dívida interna estava em R$ 687 Bilhões e a externa em US$ 211 Bilhões. Ao final de seu mandato, a interna alcançava R$ 2 TRILHÕES, 241 Bilhões e a externa US$ 357 Bilhões. Durante seus oito anos de mandato, Lula pagou R$ 4,763 Trilhões a título de juros, amortizações e rolagem da dívida (Auditoria Cidadã da Dívida - 2010). E as Privatizações continuaram, especialmente por meio dos leilões das jazidas de petróleo.
Como vê, Lula pagou muito mais que FHC e deu um golpe de mestre ao quitar a parcela com o FMI de US$ 15,5 Bilhões, o que lhe rendeu enormes frutos políticos e confundiu a cabeça dos brasileiros que pensam que a dívida brasileira teria sido paga, embora quase a metade do orçamento federal (44,93%), cerca de R$ 635 Bilhões, esteja sendo destinado ao pagamento de juros, amortizações e rolagem da dívida enquanto se investe 2,89% em Educação, 3,91% em Saúde, 0,6% em Segurança Pública, 0,04% em Saneamento, 0,00% em Habitação, 0,06% em Cultura, 0,38% em Ciência e Tecnologia, 0,16% em Organização Agrária, entre outras (Auditoria Cidadã da Dívida - 2010).”
O governo brasileiro, mesmo tentando mascarar e esquivar-se da macro economia e da crise mundial, a exemplo do assalto às conquistas dos trabalhadores da Grécia, Portugal e outros países europeus, não conseguirá deter a marcha da crise que avança a largos passos. Como parte da resistência as articuladas revoltas populares no norte da África e no Oriente Médio, nosso país não ficará ileso da crise econômica, tanto pelos efeitos perversos que a mesma causa aos povos, como pelo caráter internacional rompendo fronteiras, dada a dimensão globalizante que a economia capitalista e o mundo moderno tem vivenciado e até “enaltecido”.
Nesse contexto, por mais “caridosa e justa” que seja a campanha para amenizar o sofrimento dos famélicos brasileiros, essa é mais uma saída eleitoreira, paliativa e transitória que o povo está percebendo a não agregação de valor permanente e de capitalização efetiva na resolutividade dos problemas por eles enfrentados.
Felizmente a máscara e a ilusão de muitos com o governo Lula e agora com a Dilma estão caindo mais rápido do que se pensava. Além da perversa concentração de renda, terras e riquezas, o símbolo desse governo tem sido a cara do imobilismo e da corrupção, como vem ocorrendo com a queda de dois ministros em um curto tempo de “desgoverno”.
Não obstante esses relatos e constatações, se faz necessário uma reação efetiva e a unidade pra valer da esquerda consequente, através do movimento sindical, estudantil, popular e partidário para que possamos enfrentar essa tragédia social em que o país está literalmente mergulhado, tendo por base um programa de ação capaz de dialogar e apontar os caminhos para libertar a classe trabalhadora do massacre capitalista e marcharmos coesos rumo a uma sociedade verdadeiramente solidária, efetivamente socialista e autenticamente humana.
Revolucionar é preciso!!!
Aldo Santos: Coordenador da APEOESP-SBC, Coordenador da corrente política TLS, Presidente da Associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, Membro do Coletivo Nacional de Filosofia e da Executiva Nacional do Psol.
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quarta-feira, 13 de julho de 2011
É correto impor religião às crianças?
É correto impor religião às crianças?
Duodêncio Décio *
Quase todos os pais e mães, com raras exceções, ensinam a seus pequenos filhos a religião que aprendeu de seus pais e mães, a mesma que eles receberam dos avós. Tem sido assim no decorrer dos tempos e provavelmente assim continuará até que em algum momento o bom senso venha prevalecer, o que já ocorre, raramente, em algumas famílias por aqui e em alguns países civilizados.
Covenhamos, amiga leitora, que a resposta a pergunta acima é NÃO. Não seria mais prudente que esperássemos as crianças crescerem para quando tiverem um nível de consciência suficiente, elas próprias decidirem seus destinos em relação ao lucrativo mercado da fé? Os pais, se fossem sensatos, deveriam expor aos filhos e filhas que existem duas teses sobre o tema: uma de que existe uma criatura extraordinária que criou o mundo e que nos fiscaliza em tudo que fazemos pra anotar em seu iPad II os nossos pecados e uma outra de que essa entidade foi inventada pelo próprio homem e que a origem do mundo é muito mais complexa de que lendas criadas há milhares de anos por charlatões e falsários que nada entendiam de ciência.
Colocado esse contexto para os filhos, que decidiriam se teriam ou não religião, se teriam um visão científica do mundo ou supersticiosa, e caso elas decidam por ter crendices, aí os pais deveriam expor para eles o vasto cardápio das milhares de seitas existentes no mundo. Seria mais ou menos assim o que o pai ou mãe diria: - Filha, você optou por ter religião, ou seja, de crer em seres paranormais. Sendo assim, lhe apresento agora todos os deuses do mundo (dizem que só na Índia são mais de trinta milhões destes seres).. Se ela escolher o deus caberia ainda aos pais dizer para elas que esses deuses se "revelaram" para muitos privilegiados (sempre sem testemunha) e cada qual tem uma seita diferente. Se ela achar que o enviado do tal deus é Jesus Cristo, ela será cristã, se achar que é Maomé, ela será do islã, se achar que é Buda, será budista, e assim sucessivamente.
E caso ele escolha ser cristã, ela terá ainda o direito de optar pelas milhares de seitas que dizem ser a representação de Jesus Cristo na terra. Caso ela opte pelo islã, ela poderá encontrar um cardápio variado dos herdeiros de alah. No Brasil, se a pessoa decidir pelo cristianismo, basta ir na periferia de qualquer cidade e lá verá de perto as representações de Jesus com os nomes mais pomposos, esdrúxulos e bizarros que se possa imaginar.
Quando tratei desse tema com a mãe da minha filha, uma mulher supersticiosa, disse o que disse acima. Ela retrucou dizendo que ensinaria a ela sim, as crendices, e caso a menina depois no futuro optasse por não acreditar em magias, que ela assim o fizesse. Eis aí uma forma autoritária e equivocada de tratar um tema sensível. A avó da mesma filha, também mística, mas de outro ramo do cristianismo (uma evangelica e outra católica) também queria a neta como seguidora da bíblia.
Aqui abro um espaço para dizer que o percentual de pessoas que não acreditam em deuses é menor do que os crentes exatamente por isso. Não se abre essa possibilidade para as crianças e adolescentes e quando elas atingem a maturidade, no geral, já estão com a mente impregnada de chantagens dos deuses, tais como se não crer nele vai pro inferno ou que se não fizer orações pode sofrer retaliações diversas do Caridoso, sem direito de defesa. Eu felizmente me libertei das superstições ainda adolescente e hoje vivo em paz e feliz, mas confesso não ser fácil me desfazer de todas aquelas coisas que padres, professores e familiares nos obrigam a acreditar desde criancinhas. Quando a gente se liberta, porém, é só alegria.
Utilizar criaturas inocentes para incutir em suas cabeças uma crendice não somente é errado, mas vem a ser um absurdo – nada mais é do que lavagem cerebral. Vivêssemos num mundo civilizado isso deveria ser passível de rigorosa punição. Pais que levam seus filhos menores a cultos onde as pequenas criaturas nada entendem o que ali acontece em meio a cenas grotescas de charlatanismo, curandeirismo e histerismo não querem que elas pensem livremente. Isso sem falar nos riscos de serem estupradas por padres e pastores que depois serão protegidos pelas cúpulas de suas igrejas, os prepostos de deus na terra.
Muitos alegam que a religião seria importante para a formação moral das crianças, associando moralidade a crendice. Isso é rigorosamente falso.. Já está provado em vários estudos publicados que quanto mais religioso um país, maior índice de criminalidade, mais concentração de renda, mais preconceito e mais miséria. Para chegar a tal conclusão basta ir a um presídio e lá não se encontrará um único pecador de deus que não acredita nele.
A propósito, três dos países que ostentam os maiores índices de desenvolvimento humano no mundo, Suécia, Dinamarca e Noruega, tem percentuais de não religiosos em torno de 80% da população e estima-se que, por não terem a prática de empurrarem goela abaixo das crianças as lendas bíblicas, a religiosidade, que já baixíssima por lá, tende a desaparecer. Alguém já ouviu falar em massacres, assassinatos em massa, bandidagem e escândalos constantes nessas nações? Aqui no Brasil os homens de deus transportam dinheiro ilegal dentro da biblia e até mesmo no bolso de suas crianças.
Mas não é só religião que não devemos impor aos filhos. Outro exemplo de imposição que se faz é no futebol. Os pais praticamente obrigam os filhos a torcer pelo mesmo time que torce. Porque não esperar que a criança cresça e ela própria decida sobre seu time predileto? Eu sou Galo, minha filha é corintiana, eu torço pela Argentina, ela torce pra Espanha, eu acho Maradona o maior jogador do mundo de todos os tempos, ela acha que é Messi. É assim que deve ser, conviver com a plena liberdade de pensar, com as diferenças. Enfim, os padres estão acostumados a estuprar crianças, mas enfiar na mente delas as leis bíblicas não deixa de ser outra forma de estupro.
* Professor de Escatologia em Cambridge e autor do livro "Se deus é perfeito, porque as fezes fedem?”
Duodêncio Décio *
Quase todos os pais e mães, com raras exceções, ensinam a seus pequenos filhos a religião que aprendeu de seus pais e mães, a mesma que eles receberam dos avós. Tem sido assim no decorrer dos tempos e provavelmente assim continuará até que em algum momento o bom senso venha prevalecer, o que já ocorre, raramente, em algumas famílias por aqui e em alguns países civilizados.
Covenhamos, amiga leitora, que a resposta a pergunta acima é NÃO. Não seria mais prudente que esperássemos as crianças crescerem para quando tiverem um nível de consciência suficiente, elas próprias decidirem seus destinos em relação ao lucrativo mercado da fé? Os pais, se fossem sensatos, deveriam expor aos filhos e filhas que existem duas teses sobre o tema: uma de que existe uma criatura extraordinária que criou o mundo e que nos fiscaliza em tudo que fazemos pra anotar em seu iPad II os nossos pecados e uma outra de que essa entidade foi inventada pelo próprio homem e que a origem do mundo é muito mais complexa de que lendas criadas há milhares de anos por charlatões e falsários que nada entendiam de ciência.
Colocado esse contexto para os filhos, que decidiriam se teriam ou não religião, se teriam um visão científica do mundo ou supersticiosa, e caso elas decidam por ter crendices, aí os pais deveriam expor para eles o vasto cardápio das milhares de seitas existentes no mundo. Seria mais ou menos assim o que o pai ou mãe diria: - Filha, você optou por ter religião, ou seja, de crer em seres paranormais. Sendo assim, lhe apresento agora todos os deuses do mundo (dizem que só na Índia são mais de trinta milhões destes seres).. Se ela escolher o deus caberia ainda aos pais dizer para elas que esses deuses se "revelaram" para muitos privilegiados (sempre sem testemunha) e cada qual tem uma seita diferente. Se ela achar que o enviado do tal deus é Jesus Cristo, ela será cristã, se achar que é Maomé, ela será do islã, se achar que é Buda, será budista, e assim sucessivamente.
E caso ele escolha ser cristã, ela terá ainda o direito de optar pelas milhares de seitas que dizem ser a representação de Jesus Cristo na terra. Caso ela opte pelo islã, ela poderá encontrar um cardápio variado dos herdeiros de alah. No Brasil, se a pessoa decidir pelo cristianismo, basta ir na periferia de qualquer cidade e lá verá de perto as representações de Jesus com os nomes mais pomposos, esdrúxulos e bizarros que se possa imaginar.
Quando tratei desse tema com a mãe da minha filha, uma mulher supersticiosa, disse o que disse acima. Ela retrucou dizendo que ensinaria a ela sim, as crendices, e caso a menina depois no futuro optasse por não acreditar em magias, que ela assim o fizesse. Eis aí uma forma autoritária e equivocada de tratar um tema sensível. A avó da mesma filha, também mística, mas de outro ramo do cristianismo (uma evangelica e outra católica) também queria a neta como seguidora da bíblia.
Aqui abro um espaço para dizer que o percentual de pessoas que não acreditam em deuses é menor do que os crentes exatamente por isso. Não se abre essa possibilidade para as crianças e adolescentes e quando elas atingem a maturidade, no geral, já estão com a mente impregnada de chantagens dos deuses, tais como se não crer nele vai pro inferno ou que se não fizer orações pode sofrer retaliações diversas do Caridoso, sem direito de defesa. Eu felizmente me libertei das superstições ainda adolescente e hoje vivo em paz e feliz, mas confesso não ser fácil me desfazer de todas aquelas coisas que padres, professores e familiares nos obrigam a acreditar desde criancinhas. Quando a gente se liberta, porém, é só alegria.
Utilizar criaturas inocentes para incutir em suas cabeças uma crendice não somente é errado, mas vem a ser um absurdo – nada mais é do que lavagem cerebral. Vivêssemos num mundo civilizado isso deveria ser passível de rigorosa punição. Pais que levam seus filhos menores a cultos onde as pequenas criaturas nada entendem o que ali acontece em meio a cenas grotescas de charlatanismo, curandeirismo e histerismo não querem que elas pensem livremente. Isso sem falar nos riscos de serem estupradas por padres e pastores que depois serão protegidos pelas cúpulas de suas igrejas, os prepostos de deus na terra.
Muitos alegam que a religião seria importante para a formação moral das crianças, associando moralidade a crendice. Isso é rigorosamente falso.. Já está provado em vários estudos publicados que quanto mais religioso um país, maior índice de criminalidade, mais concentração de renda, mais preconceito e mais miséria. Para chegar a tal conclusão basta ir a um presídio e lá não se encontrará um único pecador de deus que não acredita nele.
A propósito, três dos países que ostentam os maiores índices de desenvolvimento humano no mundo, Suécia, Dinamarca e Noruega, tem percentuais de não religiosos em torno de 80% da população e estima-se que, por não terem a prática de empurrarem goela abaixo das crianças as lendas bíblicas, a religiosidade, que já baixíssima por lá, tende a desaparecer. Alguém já ouviu falar em massacres, assassinatos em massa, bandidagem e escândalos constantes nessas nações? Aqui no Brasil os homens de deus transportam dinheiro ilegal dentro da biblia e até mesmo no bolso de suas crianças.
Mas não é só religião que não devemos impor aos filhos. Outro exemplo de imposição que se faz é no futebol. Os pais praticamente obrigam os filhos a torcer pelo mesmo time que torce. Porque não esperar que a criança cresça e ela própria decida sobre seu time predileto? Eu sou Galo, minha filha é corintiana, eu torço pela Argentina, ela torce pra Espanha, eu acho Maradona o maior jogador do mundo de todos os tempos, ela acha que é Messi. É assim que deve ser, conviver com a plena liberdade de pensar, com as diferenças. Enfim, os padres estão acostumados a estuprar crianças, mas enfiar na mente delas as leis bíblicas não deixa de ser outra forma de estupro.
* Professor de Escatologia em Cambridge e autor do livro "Se deus é perfeito, porque as fezes fedem?”
quinta-feira, 7 de julho de 2011
PSOL PROTOCOLIZA REPRESENTAÇÃO CONTRA O AUMENTO ABUSIVO DOS VENCIMENTOS DOS VEREADORES DE SBCAMPO
PSOL PROTOCOLIZA REPRESENTAÇÃO CONTRA O AUMENTO ABUSIVO DOS VENCIMENTOS DOS VEREADORES DE SBCAMPO
Na tarde desta quarta-feira (06/07/2011), a presidente do PSOL de SBC Maria Devani Simões, juntamente com a advogada Maria Irene Palermo dos Santos, protocolizaram no Ministério Público uma representação, em face do ato 937, da Mesa Diretora da Câmara do Municipal de São Bernardo do Campo de 31 de maio de 2011 e publicado em 22 de junho de 2011.
Os vereadores de São Bernardo do Campo, nesta oportunidade, aprovaram um aumento nos seus respectivos salários de cerca 61,8%, aumentando os próprios vencimentos de R$ 9.288 para R$ 15.031,76.
Esse ato é inconstitucional, porque não respeita o artigo 29, VI da Constituição Federal, além do artigo 37 que se refere aos princípios da moralidade e legalidade. Outrossim, desrespeita também a Lei Orgânica Municipal, pois em seu artigo 25 dispõe que o aumento deve ser para a legislatura subsequente.
Desta forma, o Partido manifesta-se conforme nota a seguir: “Os vereadores de São Bernardo do Campo, nesta oportunidade, aprovaram um aumento nos seus respectivos salários de cerca 61,8%, aumentando os próprios vencimentos de R$ 9.288 para R$ 15.031,76. Esse assalto aos cofres públicos foi aprovado em ato da mesa diretora da Câmara, na véspera do feriado de corpus christi, se constituindo num verdadeiro escárnio contra a população da cidade e os trabalhadores de forma geral que têm que fazer greves e outras formas de lutas para conseguirem repor parte da inflação que vem corroendo nossos salários. Enquanto os professores após anos de luta conseguiram apenas 8% de reposição salarial e os servidores municipais apenas 3%. Essa política é o resultado do arrocho salarial imposto pelo neoliberalismo que comanda os municípios, os estados e o governo federal, de forma sistêmica mostrando que PT e PSDB estão em sintonia quando se trata de atacar os direitos dos trabalhadores e favorecer a rapinagem política. Diante desse ato, nós membros da Executiva do PSOL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO REPUDIAMOS ESSA ATITUDE DOS PARLAMENTARES DA CIDADE E EXIGIMOS QUE O REAJUSTE SEJA IMEDIATAMENTE REVOGADO.”
Diante do exposto, requeremos que a promotoria tome todas as medidas cabíveis para impedir tal aumento, apurar as responsabilidades devidas, bem como a devolução do montante já percebido pelos vereadores.
Fazemos ainda um chamado às forças Democráticas da Cidade para nos organizarmos contra mais este ato de desrespeito a população honesta e trabalhadora do município.
EXECUTIVA DO PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.
Na tarde desta quarta-feira (06/07/2011), a presidente do PSOL de SBC Maria Devani Simões, juntamente com a advogada Maria Irene Palermo dos Santos, protocolizaram no Ministério Público uma representação, em face do ato 937, da Mesa Diretora da Câmara do Municipal de São Bernardo do Campo de 31 de maio de 2011 e publicado em 22 de junho de 2011.
Os vereadores de São Bernardo do Campo, nesta oportunidade, aprovaram um aumento nos seus respectivos salários de cerca 61,8%, aumentando os próprios vencimentos de R$ 9.288 para R$ 15.031,76.
Esse ato é inconstitucional, porque não respeita o artigo 29, VI da Constituição Federal, além do artigo 37 que se refere aos princípios da moralidade e legalidade. Outrossim, desrespeita também a Lei Orgânica Municipal, pois em seu artigo 25 dispõe que o aumento deve ser para a legislatura subsequente.
Desta forma, o Partido manifesta-se conforme nota a seguir: “Os vereadores de São Bernardo do Campo, nesta oportunidade, aprovaram um aumento nos seus respectivos salários de cerca 61,8%, aumentando os próprios vencimentos de R$ 9.288 para R$ 15.031,76. Esse assalto aos cofres públicos foi aprovado em ato da mesa diretora da Câmara, na véspera do feriado de corpus christi, se constituindo num verdadeiro escárnio contra a população da cidade e os trabalhadores de forma geral que têm que fazer greves e outras formas de lutas para conseguirem repor parte da inflação que vem corroendo nossos salários. Enquanto os professores após anos de luta conseguiram apenas 8% de reposição salarial e os servidores municipais apenas 3%. Essa política é o resultado do arrocho salarial imposto pelo neoliberalismo que comanda os municípios, os estados e o governo federal, de forma sistêmica mostrando que PT e PSDB estão em sintonia quando se trata de atacar os direitos dos trabalhadores e favorecer a rapinagem política. Diante desse ato, nós membros da Executiva do PSOL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO REPUDIAMOS ESSA ATITUDE DOS PARLAMENTARES DA CIDADE E EXIGIMOS QUE O REAJUSTE SEJA IMEDIATAMENTE REVOGADO.”
Diante do exposto, requeremos que a promotoria tome todas as medidas cabíveis para impedir tal aumento, apurar as responsabilidades devidas, bem como a devolução do montante já percebido pelos vereadores.
Fazemos ainda um chamado às forças Democráticas da Cidade para nos organizarmos contra mais este ato de desrespeito a população honesta e trabalhadora do município.
EXECUTIVA DO PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.
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