sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

CRESCE A PRÉ-CANDIDATURA DE PLÍNIO PRESIDENTE

Cresce a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio.

No dia 22 de dezembro de 2009 foi realizada uma importante plenária em SBC,de apoio a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio com a presença de aproximadamente 80 pessoas, que participaram ativamente do evento regional .
Por mais de duas horas, o Plínio falou e ouviu propostas e considerações sobre o acerto do lançamento de sua pré-candidatura a Presidência da República pelo Psol.
A plenária foi representativa, com filiados e lideranças de São Caetano doSul, Santo André, Diadema e São Bernardo do Campo, além da presença de representantes do PSTU.
O companheiro Plínio, fez profundas reflexões sobre a importância da Educação e a valorização do magistério, do papel estratégico do Pré-Sal e o profundo zelo pelo meio ambiente que está comprometido pelo capitalismo predatório. Chamou atenção para o papel da Soberania Nacional e regional, diante da instalação das Bases Americanas na Colômbia,pois as mesmas significam uma agressão e uma afronta ao continente latino-americano.
Falou do seu compromisso histórico com uma reforma agrária pra valer, além do seu empenho com a saúde habitação e da necessidade de se rediscutir uma nova matriz da mobilidade e outros temas apresentados no debate.
Elogiou as resoluções políticas da ultima reunião do Diretório Nacional afirmando que tem concordância com as mesmas e disse que se seu nome for escolhido pelo Partido, seu plano de governo será construído a partir das entidades de classe e do povo organizado.
Em relação à estratégia eleitoral destacou três pontos:
1-Programa: Construir um programa de esquerda para unificar o partido e a esquerda brasileira, numa política de aliança com o PSOL, PSTU e PCB, tendo por base a luta pelo socialismo. Esse programa deve ser formulado a partir das entidades de classe e dos lutadores brasileiros;
2-Discurso: Deve ser Coerente e conseqüente , voltado para a grande maioria do povo brasileiro , sintonizado com os anseios e necessidades de mudanças e destruição do capitalismo rumo a construção do Socialismo;
3-Atitude: Destacou a atitude Moral, pois “não se faz uma revolução sem uma moral revolucionária”.
Em relação à disputa interna, considerou um erro qualquer possibilidade de alianças para fora do partido, fundamentalmente com partidos da base governista como é o caso do Partido Verde, que através de sua candidata(Marina Silva) apoiou as principais políticas que comprometem o meio ambiente.
Sobre a divulgação da campanha, devemos usar todas as formas de comunicação disponível,além de reuniões , debates e o eficaz o corpo-a-corpo eleitoral .
Prioritariamente, devemos imediatamente utilizar a comunicação alternativa como meio prático para atingir-via internet a opinião, formando uma rede capilarizada de comunicação para fazer a diferença.
Por último, disse que as candidaturas de Serra e Dilma representam o continuísmo capitalista e assumiu o compromisso de juntos construirmos um novo país com uma campanha que deve ter dois objetivos:espargir as sementes do Socialismo Científico e vencermos a disputa eleitoral em 2010.

Construir o socialismo é preciso !!!


Aldo Santos
Sindicalista, Presidente da Associação do professores de filosofia do Estado de São Paulo, Coordenador da Corrente política TLS, membro do diretório Nacional e da Executiva Estadual do Psol.(24/12/09)

domingo, 20 de dezembro de 2009

MANIFESTO DE APOIO A CANDIDATURA DE PLINIO DE ARRUDA SAMPAIO

MANIFESTO DE APOIO A PRÉ- CANDIDATURA DE
PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.

A corrente política, Trabalhadores na Luta Socialista, TLS, vem a público manifestar o seu apoio a pré-candidatura do companheiro Plínio de Arruda Sampaio à Presidência da República. Fazemos isso por alguns motivos que passamos a apontar:
Entendemos que o PSOL não pode deixar de apresentar uma alternativa de esquerda para a classe trabalhadora no processo eleitoral de 2010, e tem o dever de desmascarar aquelas que não têm legitimidade para falar em nome da nossa classe.
É imperativo que apresentemos um programa que denuncie a política neoliberal e seus implementadores, que reafirmemos não haver saída para nossa classe dentro do capitalismo e que é tarefa histórica da classe trabalhadora realizar sua emancipação.
Faz-se necessário demonstrar que a luta pela reforma agrária e urbana, a defesa da saúde e da educação de qualidade, a garantia do emprego e da moradia, a melhoria de salários e de condições de vida para os aposentados, o combate ao latifúndio e o desmatamento, dentre outras reivindicações históricas do povo trabalhador, não são atendidas, pois o governo fez opção por satisfazer os desejos do grande capital internacional e nacional.
Temos que fazer a denúncia que a classe dominante brasileira se apropriou do Estado e o administra como se fosse uma propriedade privada, entrega o patrimônio do país por meio das privatizações, processo que atende aos interesses do capital internacional, além disso, aparelhados no Estado roubam os cofres públicos, exemplos não nos faltam: MENSALÃO do DEMO, do PSDB e do PT. Sabemos que esses são os que vieram a público, porém existem outros a serem denunciados.
O PSOL não pode se abdicar de seu papel histórico de contribuir efetivamente para o avanço da consciência de classe, de ser um pólo aglutinador de lutadores e lutadoras, de potencializar a organização dos movimentos sociais, de liderar a esquerda combativa nesta conjuntura de crise do capital e do refluxo da classe trabalhadora.
A candidatura Pínio, objetiva:
1-Unir o Partido, tendo por base um programa Socialista , diante da ameaça de retrocesso político ideológico com o eventual apoio a Marina Silva do PV;
2-Unir a esquerda fragmentada entorno de uma reflexão e ação eleitoral que combata o neoliberalismo;
3-Se contrapor a ofensiva do avanço da direita que vem dando sinais de rearticulação no mundo inteiro;
4-Apresentar para a sociedade uma candidatura com a cabeça erguida e com as mãos limpas, diante do lamaçal que permeia o Senado e com as práticas do mensalão, que é uma verdadeira excrescência para nosso País.
Nesse sentido é inadmissível pensar qualquer política de aliança fora dos marcos da classe, e da luta revolucionária.
Nós, da TLS, estamos convencidos de que o companheiro Plínio de Arruda Sampaio deve ser o nosso timoneiro, que quebre a falsa bipolarização que tentam vender para o povo e seja o porta-voz para difundir que é possível construir uma sociedade sem opressores e oprimidos, sem exploradores e explorados, enfim, que é possível construir uma sociedade justa, igualitária e solidária: SOCIALISTA.


São Paulo, Dezembro de 2009.


TRABALHADORES NA LUTA SOCIALISTA.
(TLS)

PROFESSORES (AS) CHORANDO

PROFESSORES (AS) CHORANDO!!!

Os dias 13 e 20 de dezembro de 2009, ficarão na memória dos professores como datas de flagrante desrespeito pedagógico e humilhação aos educadores, que ao longo de suas histórias dedicaram-se e serviram ao governo do Estado, cuja recompensa tem sido o desrespeito, a humilhação e a ofensa a dignidade humana.
Milhares de professores foram submetidos à prova eliminatória, cujo objetivo central não é a promoção para o emprego e sim para o desemprego ou subemprego.
O governo no melhor estilo de “dividir para governar”, dividiu os educadores em categorias (f,L,O...), quebrando a espinha dorsal do movimento sindical , nos velhos tempos liderado pela APEOESP, que agora se limita a fazer bravata, dizendo que o ano letivo não vai começar, lavando as mãos como Pilatos em relação ao desemprego e o subemprego dos OFAs (categoria F) e as demais categorias que o governo introduziu. Normalmente se faz uma prova para o ingresso no serviço público ou admissão na iniciativa privada. No Estado de São Paulo foi diferente: ao não atingir a pontuação exigida, o resultado da prova servirá e será usado para a promoção do desemprego ou subemprego, embora a diretoria da APEOESP chame isso de estabilidade. Na pratica, o professor da categoria F que não obtiver a nota exigida, ganhara por atividades auxiliares nas unidades escolares o correspondente a 12 aulas (Estabilidade da fome), os demais que são eventuais ou lecionam mais recentemente, fizeram a prova e caso não acertem o exigido por lei ficarão impedidos de lecionar em 2010.
No início do ano 2010, será a vez dos efetivos que serão submetidos a esse ritual de tortura, coisa que nenhuma outra categoria é submetida anualmente com esse tipo de avaliação , como critério de evolução.
O governo acabou assim com a carreira do magistério, congelou o salário de mais de 90% categoria e a diretoria do Sindicato se limita a fazer bravata dizendo que o ano letivo não vai iniciar. Lamentavelmente a oposição alternativa – MTS/PSTU - embora faça a crítica ao governo, também referenda essa política, ao passo que no dia da prova (20/12/2009) distribuíram panfletos com os seguintes dizeres: “ Em 2010 nada será como antes: Vamos dar o troco! ... Vamos à luta já no início do ano letivo!” ou seja, os participantes da prova foram preteridos até mesmo por setores da oposição alternativa que a exemplo da diretoria central lavaram as mãos, transferindo a “luta” para o ano que vem, legitimando assim a política dos tucanos no poder.
Dia 13 e 14 acompanhamos vários relatos de sofrimento, humilhação e choro de colegas que estão desamparados, pois o governo humilha de um lado e o sindicato se desobriga dessa demanda, jogando ou transferindo para o ano que vem eventuais lutas, que em minha opinião não passa de justificativas e legitimação do atual estado de penúria que a categoria vem passando, num pacto explícito de políticas combinatórias em nível nacional e estadual.
É preciso reação dos educadores para que possamos nos reunir ainda esse ano e exigir do governo que nenhum professor seja prejudicado com essas provas, de caráter subjetivo e de fins duvidosos. Hoje no dia 20, vários professores não tiveram tempo suficiente para concluir efetivamente a referida prova, tendo que entregar apressadamente. Nos corredores nos deparamos com professoras chorando e desabafando sobre o sóbrio fim de ano que está longe de ser um feliz ano novo.
Aberração maior se deu no fato de que os professores que realizaram suas provas sequer puderam trazer o caderno de prova/resposta, para eventual contestação e quiçá posteriormente ser objeto de recurso. Ratificando assim os tempos de repressão onde inexistia o direito ao contraditório e à ampla defesa.
A única saída é nossa organização e união em torno dos que estão sendo vítimas desse complô do governo com o “consentimento” da diretoria do sindicato, para que possamos passar esse sindicato a limpo, lutando e conquistando nossos direitos, bem como derrotando esse governo que é o responsável pelo fracasso da educação no Brasil, embora insista em transferir para os professores a sua incompetência ao longo de suas administrações.
Este é mais um episódio que retrata a angústia, o sofrimento e o desespero que cotidianamente os professores (as) são submetidos no ambiente escolar. Até quando?

Lutar é preciso!!!

Aldo Santos.
Sindicalista, presidente da Associação dos Professores de filosofia do Estado de São Paulo, coordenador da Corrente política TLS, e membro da Executiva Estadual e membro do Diretório Nacional do Psol (20/12/2009)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

COMENTÁRIO SOBRE O ARTIGO DOS 20 ANOS DA VILA LULALDO

Comentários sobre o artigo dos 20 anos da VILA LULALDO.

1-Aldo, meu santo! A história se faz na luta, e disso eu sei que você entende. Onde quer que esteja. Os lutadores não cansam, ainda que envelheçam! E esses são poucos. Que bom que eu tenho um amigo assim. Um beijo grande.
Ana Valim

2-Boa tarde, Aldo! Fica seu depoimento para meu arquivo e minha reflexão.
Depois vc. me escreve para informar como ficou a regularização fundiária. Houve algum acordo? Como que a Justiça, no sentido institucional da palavra, se pronunciou? Abraços.
Prof. Luis.

3-Que história emocionante companheiro, esse povo tem no sangue a bravura de Antonio Conselheiro, Zumbi dos Palmares e tantos outros. Infelizmente, ainda falta muito para conquistarem o respeito por parte dos que governam o nosso município, mas todo apoio aos moradores da Vila LulAldo, parabéns aos companheiros que ficaram do lado dos oprimidos.
Abraço.
Teotônio ex-conselheiro da Apeoesp-SBC.

VILA LULALDO: 20 ANOS DE LUTA, RESISTÊNCIA E CONQUISTA.
No dia 03 de Dezembro de 2009, os moradores da Vila Lulaldo comemoraram 20 anos de luta, resistência e conquista, por ocasião da ocupação que chocou o conservadorismo da cidade de São Bernardo do Campo. Essa é uma conquista definitiva, um exemplo concreto de quem luta conquista e, que, quando o poder público não responde as demandas sociais, o povo constrói suas alternativas em busca de uma vida melhor.
Precisamente, 20 anos atrás, eu estava em casa quando recebi um telefonema do companheiro Taná (assessor político do nosso gabinete) dizendo que a “festa” seria a noite e que eu estava convocado.
Compareci no horário combinado, juntamente com outros assessores do gabinete.
Acompanhei passo-a-passo toda a movimentação, como a medida dos terrenos (feita com um barbante), a definição das ruas e o operativo para a transferência de parte moradores da Vila Jurubeba para o terreno que ficava ao lado do Jardim Jussara.
Iniciada a ocupação, por volta da meia noite erguemos o primeiro barraco (da Emília) que passou a ser uma espécie de Central da ocupação. A Emília estava doente e frágil, mas não faltava valentia, coragem e determinação, pois todos estavam convictos de que era preferível lutar até as últimas conseqüências, do que morrer soterrados nos morros da Vila Jurubeba.
Para passar a noite, ela (Emilia)fazia um café forte, e,de vez em quando tomávamos uma talagada de cachaça para animar e suportar as dificuldades e o cansaço que por vezes tomava conta das pessoas.
Existia uma sensação de felicidade e medo entre os ocupantes. Felicidade porque estavam saindo de uma área (Vila Jurubeba) que estava prestes a desmoronar. O medo era sobre o que poderia acontecer com a repressão policial, com a reação da Administração do Prefeito Mauricio Soares e a voracidade especulativa do proprietário da área, Sergio Canastreli.
Lembro-me do Agenor, da Emília, do Taná, do Barba e tantos outros (as) que heroicamente lideraram aquela vitoriosa ocupação.
Essa ocupação aconteceu em decorrência da total omissão do poder público (na época, o prefeito era o Dr. Mauricio Soares do PT), uma vez que partes dos moradores já estavam alojados na sede social do Jardim Jussara, inclusive, com parte das casas danificadas pela ocorrência de chuvas, ventanias e tempestades.
A ocupação de um novo local foi a única saída encontrada pelos moradores. Portanto, essa ocupação tinha o propósito claro e objetivos definidos: ocupar, resistir, construir e conquistar.
No dia 4 de dezembro, logo cedo dividimos as tarefas: um grupo fazia a transferência dos barracos, outros mediam os terrenos, outros buscavam alimentação e outros buscavam apoio político para resistir na área ocupada.
A imprensa fez um estardalhaço e a polícia também estava por perto. Na cidade era um comentário só. Desde o início apoiei a ocupação, depois, o subprefeito Chicão também passou a apoiar deliberadamente os moradores.
O Executivo endureceu com o movimento a tal ponto que o prefeito Maurício Soares e seu Vice- Djalma Bom demitiram o subprefeito do distrito do Riacho Grande. Convém salientar que o companheiro Chicão foi eleito pelo voto popular dos moradores do Riacho Grande.
A bancada de vereadores do PT, em 1989, condenou o nosso apoio à ocupação e o partido se reuniu para discutir a minha participação nessa ocupação. Uns defendiam o meu afastamento do partido, outros defendiam a perda do mandato de vereador, mas em nenhum momento tive dúvida da necessidade daquela ação e do nosso irrestrito apoio a população carente e abandonada pelos sucessivos prefeitos desta cidade.
Lembro-me dos freqüentes discursos conclamando os moradores a resistir, pois a história dos trabalhadores deveria ser escrita pelos próprios trabalhadores e que a nossa atuação, também, era a história viva que estávamos escrevendo. Numa Assembleia foi pautado o debate sobre o nome da Vila e das ruas. Mesmo com dificuldades respiratórias, a companheira Emília levantou a mão e pediu a palavra, apresentando sua proposta de nome.
Após justificar sua proposta afirmou: “A nossa Vila deve receber o nome dos nossos Lutadores que todos conhecemos”. Todos ficaram em silêncio. Ela então complementou: “Minha proposta é que nossa Vila Tenha o nome de VILA LULALDO, em homenagem ao LULA e ao Aldo, pois o LULA é um grande lutador e nos representa no Brasil inteiro e o Vereador ALDO SANTOS é quem nos apóia e está com a gente dia e noite aqui no terreno”. Todos aplaudiram. Após a votação dos vários nomes, a proposta vencedora foi a proposta apresentada pela guerreira Emília Belomo.
A denominação foi objeto de grande repercussão e destaque na grande imprensa, pois a homenagem aprovada pela assembleia dos moradores, durante muito tempo e até nos dias atuais, ainda, é vítima de preconceito dos políticos reacionários que não respeitam a história dos pobres e a soberania popular.
Nas assembleias, várias lideranças populares usavam a palavra para expressar a solidariedade de classe, como o Tonhão, Dagmar, Geraldo, Boni e outros.
A resistência dos moradores foi grande: com a realização de assembleias permanentes, atos, passeatas, fechamento da Via Anchieta e todas as formas de lutas necessárias para garantir a fixação dos moradores na área ocupada.
Foi uma luta acertada e VITORIOSA, pois os moradores estão lá até hoje muito bem e obrigado. No início era um sonho que aos poucos se transformou em realidade e hoje existe uma cidade, onde convivem aproximadamente 400 famílias, livres do temor do soterramento, do aluguel, e das ameaças de reintegração de posse.
Recentemente tentaram leiloar a área, mas, na prática, essa área pertence aos moradores que não abrem mão de sua luta, sua história e da conquista consolidada ao longo desses 20 anos de “vida nova”.
Exigimos que o Prefeito Luiz Marinho, amigo inseparável do Presidente LULA, faça a imediata regularização fundiária da vila sem custos para os moradores, bem como deve urgentemente viabilizar as melhorias necessárias, como: guias, sarjetas, asfalto, iluminação pública, creches, Unidade Básica de Saúde e outras.
Vila LULALDO, uma história marcada por bravura, consciência política e determinação dos moradores que ocuparam, lutaram, resistiram e construíram sonhos e vidas como protótipo de uma nova realidade social.
Todas as ocupações que ocorreram no município, na verdade, apontam para a inoperância do poder público, que não apresenta política habitacional capaz de responder previamente a demanda da população empobrecida.
Nesse sentido, quando o poder público não resolve, o povo organizado aponta o caminho e a solução para responder ao déficit habitacional que em nossa cidade é de aproximadamente 60 mil moradias.
Parabéns aos moradores da jovem Vila Lulaldo, que têm muita história a contar para as novas e futuras gerações, ao mesmo tempo em que essa luta representa um grande farol político na resistência e transformação social rumo à construção de uma nova sociedade, justa, igualitária e Socialista.
OCUPAR, CONSTRUIR, RESISTIR E CONQUISTAR É PRECISO!!!

Aldo Santos
Sindicalista, Coordenador da Corrente política TLS, Presidente da Associação dos professores de filosofia do Estado de São Paulo, membro do Diretório Nacional e da Executiva Estadual do Psol (03/12//09)

Carta aos professores

Carta aos Professores(as)
Tempo de Serviço Será Considerado na Prova.
A secretaria de educação publicou a resolução 91/2009 em 08/12/2009 que estabelece as condições para aproveitamento do tempo de serviço dos professores ofa’s no processo seletivo/prova; o professor poderá usar até 08 pontos como dias trabalhados para compor a nota da prova – cada dia corresponderá a 0,004 – e as notas mínimas serão reduzidas; para a classificação final o tempo será computado integralmente até o limite de 80 pontos, como é atualmente.
Não é nossa reivindicação, embora seja um pequeno avanço; queremos o fim das provas!Caro professor, nossa luta não conseguiu impedir que o governo aplicasse as provas para nossa categoria este ano; mas temos certeza que no início do ano que vem com uma ação unificada da categoria conseguiremos barrar as provas de Paulo Renato e José Serra.
Não vamos aceitar que esse, ou qualquer outro governo, invente essa história de avaliação de desempenho para culpar os professores pela crise da escola pública no estado mais rico do país.
A crise da educação em São Paulo é produto de uma política consciente de sucessivos governos tucanos, de uma política de banditismo social contra a educação; com salas de aula superlotadas, aprovação automática, salários miseráveis, jornadas de trabalho estafantes, autoritarismo nas escolas, etc.
Exigimos o atendimento imediato de nossas reivindicações salariais e educacionais; somente com melhores salários, fim da aprovação automática, redução da jornada de trabalho e do número de alunos por sala e mais verbas para a educação será possível, de fato, melhorar a qualidade do ensino oferecido aos nossos jovens e crianças.
Em 2010 Nada Será Como Antes.
Temos certeza que todos os professores têm condições de serem aprovados em qualquer prova, desde que tenham tempo para se prepararem, o que não foi o caso dessa prova devido à bibliografia extensa, insana e irresponsável.
Desejamos sinceramente boa prova a todos.
E também chamamos todos os professores, já no início do ano letivo, a lutar por aumento salarial e pelo fim das provas.

domingo, 1 de novembro de 2009

POR UM ESTADO LAICO URGENTE

Antropologia já.
Como resultado da audiência realizada entre o Papa Bento XVI e o Presidente Lula em novembro de 2008, os mesmos celebraram acordo que aprofunda o caráter religioso do Estado, em contradição com a própria Constituição e a vontade popular que buscam sobrestar o Estado de assumir compromissos religiosos, uma vez que diante da pluralidade, complexidade e interesses religiosos existente o mesmo deve ser absolutamente Laico.
O resultado prático desse acordo, resultou no Projeto de Decreto Legislativo (PDL 1736/2009).
O referido PDL foi aprovado na Câmara dos Deputados federais, marcado por amplo debate e visibilidade do ponto de vista midiático.
A apreciação, votação e aprovação pelo Senado foi relativamente tranqüila , após lobby e acordos entre as forças e bancadas que compõe o Congresso Nacional.Criticas nesse sentido constam do texto publicado no site do Deputado Federal do Psol Ivan Valente quando afirma: “...São diversos os pontos do acordo que impactam a sociedade brasileira como um todo e que, por isso, deveriam ter sido debatidos de forma muito mais ampla com a população em geral. Pelo contrário, o PDL 1736 foi aprovado num verdadeiro acórdão na Câmara dos Deputados, que incluiu a aprovação, por tabela, do PL 5598/2009 – conhecido como Lei Geral das Religiões, praticamente uma cópia do PDL 1736, editado às pressas para compensar a bancada evangélica. Ao contrário do que afirmou o deputado Inocêncio de Oliveira, que presidiu a sessão da Câmara que aprovou os projetos, havia um acordo firmado entre todos os líderes partidários.”
A atual Constituição Federal dispõe em seu artigo 210 § 1º que: “O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.”
Nós, que estamos no chão da escola pública sabemos muito bem que praticamente essas aulas inexistem, uma vez que a procura é ínfima e quando existe tem se prestado a práticas doutrinárias, do que propriamente a um momento de indagação, reflexão e de cultura religiosa sobre a existência do Homem ao longo da sua história.
Na História da humanidade a religião representa leituras e reflexões do ponto de vista natural, (material) e sobrenatural,tendo por base na seguinte definição : “Crença na existência de força ou forças sobrenaturais. Manifestação de tal crença pela doutrina e ritual próprios . Devoção”. (mini-Aurélio - Século XXI, Escolar,4º edição revista e Ampliada do minidicionário Aurélio. Edição ampliada para o FNDE/PNLD2001)
A partir dessa definição, essas manifestações doutrinárias são adequadas ao ambiente das práticas religiosas, tal a amplitude, interesses e especificidade das mais variadas leituras e credos existentes.
Na formação propedêutica, disciplinas do currículo escolar da educação básica (como História, Geografia, Sociologia e a Filosofia) já contribuem parcialmente para o aprofundamento sobre o papel do homem no processo histórico em curso .
Todavia, esse espaço legal, tendo como ponto de partida a existência de um Estado laico, deveria assegurar o aprofundamento da complexidade humana, através da disciplina de Antropologia, definida como: “Estudo ou reflexão acerca do ser humano, e do que lhe é característico.Designação comum a diferentes ciências ou disciplinas , cujas finalidades são descrever o ser humano e analisá-lo com base nas características biológicas e socioculturais dos diversos grupos (povos, etnias ,etc.) dando ênfase às diferenças e variações entre eles”. (mini Aurélio - Século XXI, Escolar,4º edição revista e Ampliada do mini-dicionário Aurélio. Edição ampliada para o FNDE/PNLD2001)

Portanto, que as Igrejas cuidem de suas doutrinas e as atuais aulas de religião sejam substituídas por aulas de Antropologia e outras disciplinas úteis a reflexão da existência do homem no processo evolutivo no orbe.
Além de não ser papel do Estado subsidiar qualquer religião, o mesmo deve assegurar as mais variadas leituras sobre a existência humana , inclusive sobre a crença ou não de cada cidadão.
Esse debate tem como pano de fundo o avanço e o retrocesso do ponto de vista da ciência. Várias instituições buscam na religião e no amparo legal do acordo recém aprovado fortalecer os argumentos criacionistas, que em alguns Estados, tem arrostado essa polêmica em detrimento das teorias evolucionistas vinculadas aos conhecimentos e ensinamentos de Charles Darwin, (que quanto mais é combatido), mais se afirma como explicação de cunho cientifico e coloca a humanidade em outro patamar do processo civilizatório e da convivência inclusiva do homem ao longo da Evolução .
Ainda conforme artigo do Deputado Federal do Psol acima mencionado, “O PSOL, no entanto, não foi consultado. Na verdade, o que se constatou durante a sessão foi que aqueles muitos deputados que tinham divergências em relação à aprovação do acordo Brasil – Vaticano, rapidamente mudaram de opinião quando outros credos foram contemplados em projeto de lei semelhante. Ou seja, não se tratava de preservar o caráter laico do Estado brasileiro, mas de aprovar uma lei de compensações no mercado da fé.
Por isso, cabe a contestação na Justiça sobre a tramitação e a votação anti-regimental dos projetos e a solicitação da anulação da votação. A Associação dos Magistrados Brasileiros também já declarou que pode impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal se os projetos forem aprovados no Senado. Toda ação neste sentido é fundamental, sob o risco de legitimarmos uma lei que vai restringir direitos tão duramente conquistados pela sociedade brasileira.”
Lamentamos que diante de tantos experimentos e do avanço inconteste da ciência nas mais variadas áreas do conhecimento, tenhamos que conviver com o atraso e com a negação da própria ciência, em detrimento de leituras que não tem nem considera o embasamento teórico e o avanço científico como “critério mutável da verdade”.
Por um Estado Laico Urgente .
Aldo Santos
Sindicalista, Coordenador da Corrente política TLS, Presidente da Associação Estadual dos Professores de Filosofia, Membro da Executiva Estadual e Presidente do Psol SBC (31/10/09)






sábado, 24 de outubro de 2009

POSICIONAMENTO E ORIENTAÇÃO AOS MILITANTES DA TLS SOBRE AS ELEIÇÕES 2010

CONSTRUINDO UMA FERRAMENTA DA CLASSE TRABALHASORA ( TLS)


As eleições gerais de 2010 já estão na pauta da conjuntura. A grande imprensa faz seu jogo para garantir a vitória da burguesa de um jeito ou de outro. A bipolarização apresentada por ela cumpre um papel de esconder o setor que faz a crítica ao sistema como um todo e , em particular, ao neoliberalismo. Tanto PT como PSDB são caudatários da política neoliberal, garantindo os lucros da burguesia (nacional e internacional) em detrenimento do atendimento das necessidades e direitos da população trabalhadora.
A burguesia já escolheu seus candidatos: vai de Dilma Roussef ou de José Serra. Agora estão fazendo as movimentações para um lado ou para o outro. O PMDB vai de Dilma e o DEMO de Serra e assim por diante. Tais alianças têm pouco de ideológico e muito de fisiológico. Inclusive partidos que o fisiologismo é congênito, ou seja, sua ideologia é o fisiologismo já se apresentaram no cenário com suas moedas de troca. É o caso do PSB com Ciro Gomes e do PV com Marina Silva.
Da nossa parte, apesar de Heloisa Helena aparecer nas pesquisas com mais de 10% das intenções de voto – e considere que ela está fora da grande mídia há algum tempo - ela não será a nossa candidata a presidência da república. Nós, e grande parte do partido, posicionamos em defesa da candidatura da companheira. Posição amplamente majoritária no partido. Mas o argumento de que ela deveria ser a candidata para fortalecer a construção partidária, pela densidade eleitoral que possui não bastaram. A rigor deveríamos então colocar todos os militantes nossos com maior densidade eleitoral para serem candidatos majoritários. O argumento de que preservar mandatos é fundamental para o partido serve para HH, uma vez que ela vai buscar um mandato de senadora.
Nossas dificuldades de construção e estruturação do PSOL não podem levar-nos a desistência da construção de uma ferramenta para a luta da classe trabalhadora. Com um programa claramente antiimperialista, anticapitalista, que defenda a construção de uma sociedade justa, igualitária e solidária, que defenda a revolução socialista.
A conjuntura colocada para o movimento no próximo período é extremamente pesada e desfavorável. Os mais de 80% de aprovação do governo Lula o fortalece para atacar direitos a muito conquistado. Se ele aprovar no Congresso Nacional a redução da jornada para 40 horas semanais, tal fatura será muito onerosa para os trabalhadores, uma vez que o movimento não tem ‘ascenço’ no momento para conquistar esta reivindicação antiga. Por outro lado, isso repercute no imaginário da população favorável a popularidade de Lula.
As consequências da crise e sua superação ainda estão por estourar e não conseguimos desmentir o governo e a imprensa que afirma que a crise já passou. A ofensiva sobre os movimentos sociais, tratando-os como Washington Luís – uma questão de polícia -, com amparo da justiça e apoiada pela imprensa continua avançando.
As expectativas são de aprofundamento no próximo período, pois com a necessidade de preparar o espaço urbano brasileiro para os grandes eventos internacionais que ocorrerão aqui, vai levar a uma “faxina étnica”, a uma “higienização das cidades”, enfim, vão matar muitos negros, prostitutas, mendigos, numa palavra: pobres.
È verdade também que começa a pipocar mobilizações: greves (bancários, correios), rebelião popular (Paraisópolis, trens no Rio de Janeiro). Daí se tornar imperativo para nós a construção de um organismo que possa orientar as lutas no próximo período. A nova central sindical e popular deve tirar o caráter de movimentações isoladas e voluntariosas para mobilizações organizadas.
Será com a força da resistência a esse conjunto de ataques que virão que entraremos no debate eleitoral de 2010. Não há espaço para inflexão à direita. Não é possível pensar a hipótese do PSOL vacilar e confundir os trabalhadores nesse momento. O PSOL deve ter suas candidaturas majoritárias que levem e debatam o nosso programa. Nossa política de alianças é no campo da esquerda combativa (partidos e movimentos). Não aceitaremos financiamento da burguesia nacional e internacional. Assim, teremos candidato (a) a presidência da república debaterá a política de aliança com o PSTU e o PCB (Frente de Esquerda) e os movimentos sociais.
Quando da III Conferência Eleitoral, em março 2010, devemos chegar com o programa já debatido amplamente pela base partidária, se possível, construir um consenso em torno do nome que será nosso (a) candidato (a) a presidência. Hoje estão colocados os nomes de Milton Temer (RJ), Plínio de A Sampaio (SP) e Babá (RJ).
A Coordenação Dirigente Central (CDC) orienta nossas Coordenações Municipais a reunirem nossa militância para abrir o debate interno a fim de construirmos nossa posição e apontar um calendário em preparação para uma Plenária Geral. Pontos a serem debatidos:
a) Nome para a presidência da república?
b) Nome a governador do estado?
c) Senadores?
d) Proporcionais:
di) Apresentaremos chapa pura (deputado federal e deputado estadual)?
dii)Apresentaremos chapa mista (apoiaremos um deputado de outra corrente e ou um da nossa corrente)?
diii)Concentraremos os esforços em uma candidatura e as outras seriam de apoio à esta (um candidato a federal ou estadual e todos os outros (da corrente) dobrando com ele?
e) Política de finanças do TLS para as eleições...
f)Pontos que tem que estar no programa (Federal e Estadual).
g)Composição da chapa com os aliados?
h)Organização da Corrente para tiradas de delegados para a Conferencia Nacional.
Finalmente, solicitamos que as coordenações constituídas da TLS, discutam a posição indicativa da Coordenação Dirigente Central: Diante das declarações de Heloisa Helena e outros setores do Partido em dialogar com a Marina Silva do PV, nosso posicionamento é pelo lançamento e construção de uma candidatura a Presidência da República das fileiras do próprio Psol .

(COORDENAÇÃO DIRIGENTE CENTRAL-TLS)

REORGANIZAÇÃO SINDICAL URGENTE

SEMINÁRIO DE REORGANIZAÇÃO SINDICAL.
CAPITAL E GRANDE SÃO PAULO
SINDISPREV 19/10/09
.
PAUTA:
Conjuntura ;
Reorganização.
No período da manhã ocorreu o debate de conjuntura, onde as diversas forças ali presentes registraram suas análises diante da atual conjuntura. Discorreram sobre a crise econômica mundial, pré-sal, copa do mundo/olimpíadas no Brasil, governo Lula , eleições 2010 entre outros pontos.
Após o almoço foi instalada a mesa para o debate sobre a reorganização sindical, onde foram apresentadas as diversas posições sobre tal debate (concepção de central, natureza, caráter) que passamos a sintetizar abaixo. Cabe registrar que a polêmica ficou centrada no debate sobre o caráter da nova central, ou seja, se ela devia ser sindical, popular e estudantil – raramente esbarrando em outros pontos como a estrutura e funcionamento, democracia operária, programa etc.
1- Defesa da construção de uma central sindical, popular e estudantil, inclusive composta por movimento negro, movimento de mulheres, opressão sexual (LGBTT). Nesta posição estão basicamente dois setores o PSTU e o Bloco de Resistência Socialista. O PSTU dirige mais de 80% da Conlutas e o BRS é um bloco formado por setores minoritários do PSOL, entre eles o LSR. Argumentam que em nada vai atrapalhar o movimento revolucionário a composição da direção de uma nova central com todos os setores que componham o movimento social e ainda que o formato da Conlutas contempla todos esses setores hoje e que não poderiam excluí-los agora na hora de uma nova reorganização.
2- Defesa da construção de uma nova central sindical e popular. Nesse posicionamento ficariam fora da direção da central os movimentos de gênero, negros, sexistas e estudantes. Essa é a nossa posição (TLS), do PSOL, da INTERSINDICAL, setores da Conlutas (CST, FOS). Os trabalhadores são quem dirigem os trabalhadores, os movimentos citados são mais amplos, contemplam trabalhadores, e não-trabalhadores, não respeita o corte de classe, e no caso dos estudantes trata-se de um momento da vida e não do seu ser, uma vez que vão deixar de ser estudantes para tornar-se trabalhadores.
Sobre o calendário, os defensores da central sindical e popular apontam para março a data do encontro de fundação da nova central, uma vez que, o ano que vem é ano eleitoral e depois desse período entre no processo eleitoral dificultando efetivamente a reorganização para 2010. Enquanto o outro setor (PSTU) acredita que não deve acelerar o processo e não aponta uma data, avaliando que março está muito próximo.
A avaliação que fazemos é que a polêmica sobre os movimentos de opressão e estudantil estar ou não na nova central mascara o debate que está travando o processo de criação da nova central, a saber quem será a direção na nova central. Tudo indica que o PSTU só consegue ser maioria se trouxer aqueles setores para a direção, caso contrário, não serão. Neste sentido, parece-nos que preverem travar a política até resolver esta questão de controle do aparelho. Mesmo porque do ponto de vista teórico eles também reconhecem a centralidade do trabalho (e dos operários) no processo revolucionário.
Nossa participação no seminário ficou muito aquém da nossa representação, estávamos em dois (Ederaldo/Soraya). Sabemos da sobre carga de agenda neste final de ano, daí a necessidade de escolhermos prioridades e concentrar nossa energia. A participação efetiva no processo de reorganização sindical é fundamental para o TLS, não podemos ficar a margem desse debate. Daí todos os nossos militantes das diversas categorias devem se incluir e se inteirar dessa agenda, lembrando que dias 1 e 2 de novembro, na quadra dos bancários (SP), ocorrerá o seminário nacional de reorganização sindical. As coordenações de política sindical da TLS devem organizar e garantir nossa participação.
PRESENTES:
CONLUTAS, INTERSINDICAL, PASTORAL OPERÁRIA, MTST, MTL. TLS e outras

Ederaldo
Pela Coordenação Dirigente Central da TLS .

SEMANA DA CONSCÊNCIA NEGRA

Reunidos no dia 23/10/09, na Sede Estadual do Psol, um grupo de militantes e simpatizantes da TLS, debateram os seguintes temas relacionados ao movimento negro.
1- Reconhecemos que a experiência que militantes da Apeoesp de SBC, tem desenvolvido em relação a Semana da consciência negra tem demonstrado efetivo avanço na luta contra o preconceito racial e na organização e conscientização dos mesmo ;
2- Vamos acumular textos e o inteiro teor da lei do estatuto da igualdade Racial para que possamos avaliar a dimensão do projeto aprovado;
3- Vamos também discutir na próxima reunião a resolução do Partido que aprovou no 2º Congresso Estadual a criação de uma secretaria de negros e negras do Partido , porém, continua sendo tratado e caracterizado como um setorial;
4- Pretendemos também até o final de novembro realizar um a aula pública com o professor Alfredo Buollos sobre o tema: a imagem do negro nos livros didáticos.

Nesse sentido, convidamos outros companheiros (as) para nossa próxima reunião no dia 05/11/09 às 17 horas na sede estadual do Psol na Vila Mariana São Paulo Capital.
Sem mais,
Omissão organizadora.( Cido, Aldo Santos, Ederaldo, Stéfani)




É uregente renovar a Diretoria de ensino de Diadema

Nossa Luta contra a municipalização do Ensino continua .
Em Diadema, o ataque aos educadores Continua. Acompanhamos de perto a angústia dos Professores do Estado que foram vítimas do Prefeito Mário Reali, que rasgou o compromisso político/eleitoral que assumiu durante a campanha com os educadores estaduais da cidade .
“Em junho deste ano, quando a prefeitura assumiu quatro unidades do Centro e do sul da cidade. Desde então, a administração é responsável pelas escolas Fabíola Lima Goyano, Dr. Átila Ferreira Vaz e Doutor José Martins da Silva, na região do Eldorado e Jardim Inamar, além do Professor Francisco Daniel Trivinho, no Centro.As Escolas Estaduais Sagrado Coração de Jesus (Jardim Casa Grande), Deputado Freitas Nobre (Vila Nogueira), Doutor Mário Santalucia (Serraria), Professora Zilda Gomes dos Reis Almeida (Jardim Bela Vista) e Inspetor Reinaldo José Santana (Jardim Inamar) passarão a ser responsabilidade municipal. Com a medida, o atendimento do 1º ao 5º ano na cidade passará de 8 mil para 12 mil alunos.”(Matéria elaborada por Claudia Mayara do Diario Regional - 21 de outubro de 2009 )
Os professores contam com o apoio da subsede da APEOESP Diadema e da comunidade organizada que vem resistindo bravamente , uma vez que o Estado e o Município estão em sintonia política com a proposta de municipalização da Educação, comprometendo a melhoria do ensino, e promovendo o desemprego dos professores Estaduais.
Além da Prefeitura e da Câmara Municipal, que inclusive vem processando o sindicato (subsede APEOESP Diadema) por ter reagido a agressão sofrida no interior do poder legislativo da cidade, a Diretoria de Ensino coopera na viabilização do pacto Petucano .
Aliás, a Dirigente de ensino de Diadema faz um verdadeiro malabarismo político , pois,entra governo e sai governo e ela se adapta a governabilidade, numa prática de permanente conciliação com os sucessivos governantes.
É urgente renovar a Diretoria de Ensino da Cidade, pois a política de subserviência ao governo Estadual e ao poder local, tem gerado um hiato entre a dirigente que está a serviço das políticas neoliberais e os educadores da cidade que clamam por justiça , respeito e valorização profissional .
Os Professores de Diadema deve fazer um amplo debate sobre o papel dos governistas de plantão e denunciá-los pela postura de “inimigos da educação” em nível Municipal ,Estadual e também Federal, pois a aplicação da municipalização do ensino pelo Estado e Município,estão amparadas nas políticas educacionais patrocinadas pelo Fundo de manutenção e desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos profissionais da Educação (FUNDEB) e no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) de LULA.
Esse laboratório inclusive conta com o apoio e incentivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da direção majoritária da APEOESP no Estado de são Paulo.
Apesar dos ataques, do desemprego e da falta de palavra do prefeito ao não cumprir os acordos eleitorais conforme denúncias veiculadas na imprensa regional e sindical , os educadores lutam e resistem contra os verdugos da Educação.

Revolucionar e Lutar é preciso!!!


Aldo Santos
Sindicalista, Coordenador da corrente Política TLS, Dirigente Estadual e presidente do Psol SBC.(21/10/2009)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Uma guerra permanente.

Nesse momento os ianques estão destruindo povos no Afeganistão, no Iraque e em dezenas de países que igualmente são minados pela existência de bases militares, a exemplo daquelas que pretendem implantar na Colômbia, instituindo a doutrina de guerra declarada pelo mundo inteiro, sempre na busca de interesses econômicos e domínio do mercado e ainda tentando subordinar os ideais capitalistas e os demais países centrais e periferia do planeta.

A expansão da máquina mortífera americana está dentro de um contexto de resolutividade das políticas de investimentos, que dentre outros aspectos, buscam uma possível superação da crise, com a expansão, produção e desenvolvimento de novas tecnologias na logística de mercado, buscando a implementação de emprego e investimentos em áreas deficitárias da economia.

Com o cabalístico número (sete bases americanas) em um único país (Colômbia), deixa de ser nação e passa a viver, servir e se ajoelhar ao poderio belicista norte americano interna e externamente ao próprio país.

Nessas condições, não tem espaço para vacilo político ou mediação que possa negociar ou fazer conseção a instalação dessas bases na Região .

Na prática, o confronto está estabelecido e a cada dia ganha contornos de enfrentamento direto no mundo inteiro, na medida em que os americanos se apossam da Colômbia para monitorar, coibir e guerrear contra novas matrizes ideológicas de caráter socialista/comunista.

A história de resistência na America Latina está viva e vive na memória dos lutadores sociais, dos governos populares e antiimperialistas, uma vez que a tentativa de dominação econômica sempre esteve presente das mais variadas formas e nos mais variados períodos da historia latino-americana.

Os Espanhóis massacraram os Incas, Maias e Astecas; Portugal dizimou mais de 5 milhões de Nativos (Índios) no Brasil, tentaram dizimar suas culturas, saquearam as riquezas, mataram nosso povo e hoje índio na concepção dominante é peça de museu da “cultura e do folclore”, sem fisionomia, sem poder, “sem pátria” e sem perspectivas.

Inúmeros contingentes populacionais foram a luta contra a invasão, contra a colonização e as permanentes tentativas de recolonizações .

Bolívar em 1826 lidera e implementa os princípios das conferencias Pan-Americanas sendo hoje referência a Alternativa Bolivariana das Américas.

Augusto César Sandino é um dos guerrilheiros mais importantes da América, teve papel de destaque, fundamentalmente, na luta ao lado povo da Nicarágua.

José Marti, poeta e escritor é o maior símbolo do povo cubano na luta de independência contra a Espanha.

Agustín Farabundo Martí Rodríguez , importante referência comunista da frente (Farabundo Marti de Libertação Nacional) em El Salvador.

Tupac-Amaro, é destaque na maior insurgência indígena ocorrida no século XVI na América latina , além de Zapata, Zumbi dos Palmares e a nova safra de revolucionários do último Século como Guevara, Fidel, Prestes, Marighela, Lamarca, Salvador Allende , Mao Tsé-Tung e tantos outros que sintetizaram processos de lutas e resistências das mais variadas formas e expressão revolucionária, cuja vidas foram dedicadas a classe trabalhadora em seu tempo e nos dias atuais é a chama que incendeia revolucionários do mundo inteiro.

A disputa e o confronto entre Capitalismo/Socialismo, entre a opressão e a liberdade, está mais uma vez colocada na ordem do dia, pois com a provocação americana, com a otimização das sete bases na Colômbia, significa uma declaração de guerra aos demais países que vêem sua soberania ameaçada e invadida pelo poder e superioridade econômica, política e militar.

Felizmente, vários governantes têm demonstrado compromissos históricos com o povo do continente, rechaçando e repudiando mais essa ofensiva da recolonizarão da America.

Combater as Farcs e associá- la ao narcotráfico é a velha cantilena dos dominantes imperialistas, pois poderiam até questionar os métodos, as formas, os meios que eles tem usados para manter guerrilha ha décadas , todavia, eles representam um grupo ideologicamente comprometidos com a destruição do governo capitalista, tendo por base o Marxismo Leninismo.

Aliás, essa ofensiva Americana e a subserviência da Colômbia ao império não é de hoje. Em 2000, tentaram impor o famigerado plano Colômbia , também impulsionado pelo governo Norte-americano. O objetivo era o “mesmo do plano atual” que é combater o narcotráfico e conter o avanço das Farc na região. Estrategicamente o objetivo central dessa ofensiva americana não é tão somente combater o narcotráfico e as Farc, e sim, se apossarem das riquezas de uma região geograficamente e estrategicamente bem localizada , portadora de um imenso manancial, bem como, rica em petróleo, gás, carvão minerais e recursos energéticos.

Os posicionamentos dos governos de Cuba, Venezuela, Equador e da Bolívia, significa um avanço limitado e relativo , mais é um grande alento para a classe trabalhadora, pois até recentemente apenas cuba se insurgia contra a implantação da ALCA ( Área de Livre Comércio das Américas).

Hoje, além dos governantes dos países acima citados, existe o contra ponto que vem sendo organizado e articulado através da Alba (Alternativa Bolivariana das America) que é uma base de apoio, tanto do ponto de vista das relações políticas, quanto das relações econômicas e até militar.

Não se pode analisar em separado e isoladamente a ofensiva do governo golpista de Honduras, Roberto Micheletti, que com o apoio empresarial das forças armadas e dos golpistas de plantão interna e externamente expulsou o presidente eleito do país, Manuel Zelaya.

Coincidência ou não, a ofensiva Americana na Colômbia, o golpe em Honduras com a adesão e o crescimento da direita articulada nos mais variados países, bem como a omissão de governos como o brasileiro, vem crescendo significativamente a sanha direitista na America latina.

Proporcionalmente, vem aumentando a resistência organizada contra a intervenção beligerante na America latina , conforme dados a seguir:

“O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, está a fazer uma viagem-relâmpago por toda a América Latina para explicar o acordo. Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, do Equador, Rafael Correa e da Nicarágua, Daniel Ortega, já denunciaram o acordo. Na Bolívia, onde Uribe esteve na noite de terça-feira, o presidente Evo Morales expressou a sua preocupação: "Não aceitamos militares americanos na Bolívia, e desejamos que esta rejeição seja unânime na América Latina", declarou.
O Brasil e o Chile têm uma posição mais moderada, mas também expressaram preocupação, e pediram uma reunião do Conselho de Defesa Sul-Americano no fim deste mês”. (Revista Fórum: Redação. Quinta-Feira, 6 de Agosto de 2009 às 11:59hs)

O Governo brasileiro poderia dar uma demonstração de unidade, organização e de defesa necessária às lutas e ao avanço político na America latina, porém, o que temos observado é o velho discurso colaboracionista .

Em momentos como este, não tem espaço para pseuda -neutralidade ou vacilação : ou está ao lado das bases americanas na Colômbia, ou está no front contra a implantação das mesmas que violam a democracia , e a soberania dos países da região.

O posicionamento de Zelaya “de que o povo tem o direito de defender-se a democracia com armas em mãos”, representa o anseio e o enfrentamento concreto contra os golpistas, pois a mediação da Costa Rica seguramente está voltada para aos interesses estratégicos Norte-Americano.

Está correto Hugo Chávez, quando afirma que “Os ventos da guerra sopram na America latina”, fazendo alusão a uma guerra em curso e que deve haver urgente mobilização e enfrentamento diante da mesma.

Fidel Castro foi enfático ao definir que a instalação das bases significam “sete punhais no Coração da América.”

A cúpula da União de Nações Sul-Americanas que é composta de doze países:(Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela), não chega a ser um acordo sobre a condenação explicita e ofensiva contra os planos americanos na região através da domesticada Colômbia.

O nosso posicionamento deve ser de apoio e solidariedade ao povo Colombiano, que deve se levantar conta o fantoche Urias.

Apoio aos países que estão em luta contra a implantação das bases militares na Colômbia e devemos nos manifestar contra o governo Americano que mais uma vez tenta pela força impor uma nova “Área de Livre Matança nas Américas”.

O texto a seguir expressa nitidamente o poder belicista e a imposição do Império , que segundo a opinião de Fidel Castro “ Atualmente, não se fala mais em milhares de mísseis nucleares, do poder destrutivo de armas convencionais; fala-se de aviões sem pilotos, tripulados por autômatos. Não é uma simples fantasia. Já estão sendo usadas algumas armas assim no Afeganistão e em outros pontos. Informes recente assinalam que, num futuro relativamente próximo, muito antes que a calota polar antártico se derreta, o império, com seus 2.500 aviões de guerra, pretende dispor de 1.100 aviões de combate F-35 e F-22, em suas versões de caça e bombardeiro de 5ª geração. Para ter-se uma idéia deste potencial, basta dizer que os que existem na Base de Soto Cano,em Honduras, para treinamento de pilotos deste país, são F-5 (NT-os mesmos que equipam hoje a FAB) e os que forneceram a Venezuela (antes de Chávez), ao Chile e outros países eram pequenas esquadrilhas de F-16.Mais importante ainda: o império planeja que, em 30 anos, todos os aviões de combate dos Estados Unidos – desde os caças até os bombardeiros pesados e aviões-tanque serão tripulados por robôs.Este poderio militar não é uma necessidade do mundo; é uma necessidade do sistema econômico que o império impõe ao mundo.”

Barak Obama certamente não leu o livro “veias abertas da America latina, do Escritor Uruguaio Eduardo Galeano”que ganhou de presente do Presidente Hugo Chávez da Venezuela.

Tudo indica que o seu livro preferido é o Príncipe de Maquiavel, eivado de práticas maquiavélicas, onde sua conduta política se baseia no principio de que os fins justificam os meios, por mais nefastos que sejam, uma vez que o objetivo central é alcançar o fim (domínio) desejado . Outra Bibliografia que deve ter lido e interpetrado é Thomas Hobbes, que na citada expressão sintetiza o ideal absoluto de domínio Americano que : “defendia a idéia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado”( Wikipédia 12/08/09).

O Título dessa contribuição denominado de “guerra permanente”, tem por base as teorias de Marx e Engels, que utilizaram o termo revolução permanente entre 1845 e 1850, embora, na esquerda em geral essa concepção está mais identificada com a Tese de Leon Trotsky, em que pese as diferenças contextuais e conceituais.

No Manifesto Comunista (Publicado em 1848, por Karl Marx e Engels), as categorias fundantes da luta de classe está materializada e de certa forma sintetizada nas seguintes citações: “A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas da classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e oficial, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada, uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das suas classes em luta.

Na Roma antiga encontramos patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Média, senhores feudais, vassalos, mestres, oficiais e servos, e, em cada uma destas classes, gradações especiais.

A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão substituir velhas classes, velhas condições de opressão, velhas formas de luta por outras novas.”

Nos dias atuais, o conceito de revolução é bastante amplo e não se limita tão somente a luta socialista e revolucionária contra o capitalismo. Parece que o termo mais apropriado para caracterizar o momento de confronto histórico em que vivemos, sem negar a revolução permanente de Karl Marx e de Trostky, é a terminologia “Guerra permanente” , uma vez que historicamente no mundo inteiro e particularmente na America Latina dizimaram os índios, negros e operários, como parte de uma “guerra sem fim”.

Portanto, do ponto de vista dos enfrentamentos da nossa classe, os mesmos são de guerras permanentes, onde mesmo em desigual correlação de forças nos enfrentamentos entre classes, cresce a consciência revolucionária mundial de que no capitalismo não há saída para o conjunto dos Proletários.

Além das bandeiras históricas, hoje, ou destruímos o capitalismo e sua sanha predatória, ou ele acaba com a classe o e com o próprio planeta tal é sua fúria destrutiva . É fatal e urgente a necessidade da guerra Comunista permanente contra a barbárie do capital instaurada.

Ao mesmo tempo em que nos deparamos com intensos conflitos no mundo inteiro; estes representam um estado de guerra permanente entre opressores e oprimidos entre domínio-controle e liberdade. A classe trabalhadora reage, enfrenta e resiste ao processo permanente de guerra continuada.

Lutar e revolucionar é preciso!!!

Aldo Santos- Sindicalista,Coordenador da Corrente Política TLS, Membro do Diretório Nacional e presidente do Psol em SBC.(12/08/09) .

sábado, 22 de agosto de 2009

II CONGRESSO NACIONAL DO PSOL



NO DIA 21 DE AGOSTO DE 2009 DEU-SE INICIO AO II CONGRESSO NACIONAL DO PSOL, COMO É SABIDO A PARTICIPAÇÃO DA TLS MOSTRA UMA TENTATIVA DE BUSCAR UMA UNIFICAÇÃO NA PARTICIPAÇÃO POLITICA NACIONAL.
EM DEFESA DA CANDIDATURA DE HELOISA A PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
NUMA LUTA PELO FORA SARNEY E O FIM DO SENADO.
A TLS CRESCE EM FORÇA E MOSTRA QUE SUA PRESENÇA NO ESTADO DE SÃO PAULO É DE IMPORTANCIA IMPAR APOS A UNIFICAÇÃO COM A CTSE NESSE ANO DE 2009.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fora Sarney - Fim do Senado

O Senado Brasileiro está mergulhado numa profunda crise ética e de moralidade pública, com atos não normatizados e todas as formas de utilização espúria do dinheiro público partilhado entre os mandatários do Senado brasileiro, conforme obriga-se a denunciar a grande imprensa.

O chefe geral das maracutaias é o próprio presidente do Senado, José Sarney, assim como grande parte dos representantes da Mesa Diretora, com a contratação de parentes, a prática de nepotismo deliberada e outros senadores denunciados pelo esquema das contratações ocultas e secretas.

Como um bom jogador dos meandros da política brasileira, a Raposa Sarneyana parte para a tática do ataque como elemento de defesa, desfoca e despersonaliza suas maracutaias e joga para o conjunto do Senado matar no peito e botar a bola no campo novamente; como se tudo que vem ocorrendo fosse natural.

O que está em cheque são os sucessivos escândalos que tem tomado conta da opinião pública que se enoja e enjoa com o comportamento corporativo dos senadores. Claro que toda essa excrescência (senadores eleitos e a própria instituição) existe em função dos balcões de negócio em que tem se transformado as campanhas bilionárias desses senhores e que, ao final, em nada mudam na vida da classe trabalhadora.

Outro fato a ser destacado é a existência, no Brasil e em vários outros países, da representação bicameral, com a Câmara e o Senado, que se congregam no que conhecemos como Congresso Nacional. Em nossa opinião, o Senado não tem nenhuma função que justifique a sua existência, ainda que não nos iludamos com o papel da Câmara dos Deputados, que atua quase sempre em defesa dos interesses da classe dominante e também vive mergulhada em escândalos de corrupção.

Por isso, considerando a atual conjuntura e a presente correlação de forças em nosso país, defendemos que o Senado não deveria continuar existindo, pois além de representar gastos desnecessários aos bolsos dos contribuintes brasileiros vive de desmandos e da farra com o dinheiro público, além de só atuar para emperrar a tramitação e aprovação das leis urgentes e necessárias, pelo seu papel de casa revisora, em nosso país.

Da mesma forma que houve sensibilidade e engajamento pelo fora Collor, FHC, Fora o FMI, Fora Renan, com ampla participação das forças democráticas, devemos sair às ruas pelo Fora Sarney, pelo fim do Senado e por uma câmara única, pois neste momento, até a mídia burguesa não suporta o grau de oportunismo e degeneração desses políticos, com as práticas de corrupção institucionalizadas por eles, e pela inutilidade do que representa o Senado, que hoje é, de fato, uma instituição caduca e senil politicamente. Embora sua existência seja ainda uma realidade, politicamente já não se justifica sua existência enquanto representação dos Estados.

Confisco condenação e prisão dos políticos que acumulam riqueza com o dinheiro público!

Fora Sarney, pelo fim do Senado

Texto básico publicado no site Conlutas: Autor Prof. Aldo Santos


Um papel deplorável

LULA e o PT dão sustentação a manutenção de José Sarney como presidente do Senado. Haja incoerência partidária, uma vez que antes de ser aleito, o PT e LULA, tratava Sarney, Magalhães, Collor e outros como inimigos da classe trabalhadora. Hoje andam de mãos dadas diante da opinião pública como se nada tivesse acontecendo com o mar de lama que está afogando o Senado e a opinião pública brasileira. Quem te viu e quem te vê LULA E PT?

GRIPE SUÍNA DESCASO COM A SAÚDE PÚBLICA

Os trabalhadores continuam sofrendo com as demissões provocadas pela crise que os capitalistas criaram, falta de moradia digna, arrocho salarial, educação pública sem qualidade e a saúde publica cada vez mais sucateada.

Esse setor a exemplo das outras áreas foi sucateado, sofrendo um enxugamento de recursos a fim de justificar as privatizações e terceirizações. Na prática a saúde hoje no Brasil está privatizada. Quem não tem um convênio médico e contrair uma doença corre sério risco de morte, enquanto bilhões de reais são doados pelo governo aos empresários

Com esse quadro a gripe A (H1N1), GRIPE SUINA encontra terreno fértil para vitimar fatalmente a classe trabalhadora.

Exigimos mais investimento na saúde

Quebra da patente da futura vacina contra a gripe suína

Imunização de toda a população contra a gripe

Todo apoio à resistência e luta dos trabalhadores e do povo Hondurenho!

O Exército hondurenho seqüestrou e expulsou o Presidente Manuel Zelaya, tomando o poder. Esse golpe reacionário foi apoiado pela corte de justiça, pela grande mídia e pelo parlamento que indicou o deputado golpista Micheletti para ocupar o Palácio Presidencial.

Atualmente os trabalhadores vivem dias de terror, com prisões em massa, tortura e toque de recolher. A luta para derrotar o golpe tem desafiado a repressão e exigido a saída dos golpistas. Em todo o continente as lutas e mobilizações em defesa da água, do emprego, da educação, das florestas e do nível de vida, se solidarizam com os trabalhadores hondurenho e exigem o fim do golpe imediatamente.

Abaixo o golpe militar em Honduras!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Associação dos Professores de Filosofia e filósofos do Estado de São Paulo.


Plenária da Oposição alternativa (15/08/09) aprova moção contra a Divulgação de uma nota assinada pela diretoria da APEOESP.

5) Associação de filósofos; ficou deliberado uma moção da Oposição Alternativa contra a divulgação de uma nota assinada pela diretoria da APEOESP contrária a fundação da associação sem fazer o debate nas instâncias da APEOESP. Não debatemos o mérito, isso quer dizer que a Alternativa não fechou posição a favor ou contra associação, mas repudia o método da Articulação de se posicionar contra sem fazer o debate. A plenária também deliberou remeter para a Coordenação a decisão sobre este tema.

Nosso Calendário:

20/08 - 13h reunião da Coordenação da Alternativa (Pauta: Associação de Filósofos)

Pelo Adiamento das Aulas por Tempo Indeterminado

Não é novidade para ninguém que estamos mergulhados numa terrível pandemia da gripe suína e a cada dia que passa aumenta o número dos contaminados internados e é assustador o número de mortes no Brasil e no mundo inteiro.

A crise é tão grave que levou o governo do Estado a espaçar o início do semestre em curso, para o dia 17 de agosto de 2009 por orientação da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

Jorge Curi, Presidente da Associação Paulista de Medicina, denunciou que: “Não há vagas suficientes nas unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) no Brasil para atender a todos os pacientes em estado grave da Influenza A (H1N1) gripe suína”, é uma constatação efetiva de que a pandemia está crescendo e parte dos contaminados está morrendo (Portal terra, 13/08/09).

Nesse contexto, as medidas preventivas como o reinício das aulas previsto para o dia 17/08/09, deveriam ser adiadas por tempo indeterminado, pois a gripe não diminuiu, o clima não se estabilizou e os professores, alunos e funcionários não têm nenhuma garantia de que com o retorno às aulas o número de casos da gripe suína não vai aumentar.

Existe um clima de insegurança e medo, uma vez que as condições de trabalho nas escolas públicas são deficitárias e o risco é iminente para professores, alunos e trabalhadores em educação. Salas superlotadas, condições higiênicas precárias nos banheiros dos alunos, aglomeração por um período de 6 horas, com picos de hiper-aglomeração nos intervalos e a falta de merenda escolar para os estudantes do ensino médio, o número de infectados poderá aumentar ainda mais, aumentando o número de óbitos em decorrência de medidas “precipitadas” por parte das autoridades governamentais.

As escolas não dispõem de higienizadores como álcool-gel ou sabonete líquido e os educadores não têm pré-requisito nem têm autorização para eventual definição de quem está ou não “gripado” no complexo escolar.

Entendo e temo que nestas condições o Vírus venha se disseminar ainda mais, comprometendo e piorando o já precário e combalido atendimento na saúde pública.

Não podemos servir de cobaias diante do inusitado, nem delimitar paradigmas a partir de medidas burocráticas e instáveis da saúde pública brasileira.

Nada pode justificar a possibilidade de colocar em risco a vida humana, principalmente quando os agendes causadores de riscos estão aterrorizando as pessoas.

A vida humana não tem preço, muito menos se justifica colocá-la em eventual risco em plena pandemia que tem sido devastadora nas “indistintas faixas etárias”.

Nas condições escolares existentes, com 40, 50 ou mais alunos por sala de aula, não é possível qualquer monitoramento por parte do professor, o qual via-de-regra não está psicologicamente e teoricamente seguro das orientações que devem ser dadas aos estudantes, ficando temeroso em “contaminar ou ser contaminado”.

A matéria abaixo expressa a preocupação e as medidas preventivas levando em consideração a vida e a dignidade da pessoa humana: “As aulas na rede pública estadual de Tubarão, em Santa Catarina, estarão suspensas a partir desta segunda-feira (10) por tempo indeterminado. A decisão foi tomada pelo governador Luiz Henrique da Silveira por causa da suspeita de 173 casos de Influenza A (H1N1)--conhecida como gripe suína-no município. Desse total, dez resultados de exames já foram concluídos e seis casos da doença confirmados.

A decisão é válida apenas para Tubarão. Segundo informações publicadas no site do governo catarinense, o retorno das atividades escolares no município só acontecerá depois que a Secretaria Estadual de Saúde tiver uma avaliação mais consistente sobre os casos suspeitos.

O levantamento divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina mostra que dos 293 municípios do Estado, 36% notificaram casos suspeitos da doença e 8% confirmaram casos de contaminação. (Folha Online 09/08/2009 - 17h04)

A minha preocupação é de caráter sindical-filosófico, uma vez que o conteúdo acima é passível de questionamento pelos especialistas do governo, ou por técnicos e especialistas no tema e na área.

Contudo, para mim a educação é um “conjunto de elementos da condição humana” e a vida apesar da fragilidade inerente, não pode ser exposta a riscos, principalmente diante dos riscos tipificados e existentes.

Sem entrar no mérito da falta de investimento na saúde por parte dos governantes, o povo está abandonado a sua própria sorte, sem remédio suficiente, sem vacinas, sem UTIs suficientes para atender os pacientes e sem atendimento decente nas unidades públicas de saúde. A população pobre está à mercê do matadouro cotidiano do capitalismo, sendo necessário reagir contra esta situação.

A vida é frágil e é nosso dever revolucionário defendê-la, mesmo diante de questionamentos ou leituras diferenciadas que o tema e os interesses políticos e econômicos comportam.

Diante desse quadro, as entidades representativas do magistério (APEOESP e outras) devem provocar o debate, exigir mudanças nas condições de trabalho para o corpo docente e condições eficientes para os discentes. Exigimos ações preventivas adequadas para a preservação dos direitos fundamentais, diante das condições de insegurança e de risco provocados pela doença pandêmica.

Defender a vida e lutar é preciso!!!

Aldo Santos – Sindicalista, membro do Diretório Nacional e presidente do Psol SBC (12/08/09)

Obs. os documentos acima foram enviados pelo Companheiro João Zafalão , aos militantes da Oposição alternativa Estadual.

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